Entre luz e Trevas

"29"

Fui para a escola no dia seguinte como o de costume, as aulas foram entediantes e demoradas.
Eu estava no caminho de volta para casa quando meu celular tocou. Era Lucy.
- Eu vou ter que ir buscar você???
- Também estou com saudades,como vão as coisas?
- Vão bem... só acho que você devia voltar logo!
- Não depende de mim Lucy, você sabe.
- Ta... mas podia ao menos me ligar!
- Desculpe, desde que cheguei não tenho tido muito tempo sabe? As coisas andam meio... malucas por aqui.
- Tem garotos bonitos por ai?
- Lucy!
- o.k. só perguntei...
- Mas... que tal se.... ai meu Deus! Você passar o fim de semana aqui? A casa é enorme e tenho certeza que meu pai não vai se importar.
Eu tinha acabado de ter uma ótima ideia, se eu não podia ir até Londres, eu traria Londres para Brighton.
- Parece uma boa ideia Analu... mas Lucinda teria que ir também!
- é claro Lucy, vocês duas são mais que bem vindas aqui...
- Tem certeza? - ela perguntou dando gritinhos de alegria.
- Absoluta!

Depois de mais uns cinco minutos conversando eu cheguei em casa, tomei um banho e procurei por papai, ele não iria se importar, mas precisava ser consultado.
O encontrei na sala de estar, me sentei ao seu lado e contei toda a historia, depois perguntei o que ele pensava disso.
- Bom garotinha... se isso for faze-la se sentir melhor, elas serão mais que bem vindas!
Dei um forte e longo abraço nele e tornei ligar para Lucy, ela ja havia falado com sua mãe que não havia ficado muito contente com a historia.
- Ela não vai me deixar ir Analu!
- tem certeza?
- ela até deixaria... mas sua mãe tem que falar com ela.
- não tem outra opção?
- posso fazer greve de fome mas acho que não vai funcionar, ela vive falando que como de mais!
- Tudo bem... vou falar com minha mãe.
- mande um beijo pra ela por mim, e não se esqueça de fazer voz de bebê.

Eu não queria ter que falar com mamãe, não por enquanto, mas a saudade que eu sentia de Lucy era tão grande que ter a chance de vê-la, mesmo que eu tivesse que abrir mão do meu orgulho era melhor do que nada.
Resolvi que terminaria esse assunto no dia seguinte, penteei meu cabelo e me deitei para dormir. Assim que fexei os olhos tudo em que eu conseguia pensar era em Daniel, mesmo que todas as minhas escolhas anteriores tivessem sido erradas, eu sabia que havia acertado em relação a ele, e eu estava disposta a enfrentar qualquer um que viesse dizer que Daniel não é o que penso, por que não vou desistir dele, a menos que ele me faça querer o contrario.