Puta merda charutinho

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Eliza Senna ~

Sofia dirige sua Ferrari purosangue vermelha, sendo acompanhada por mim, no banco do carona, e meu irmão atrás, no banco do passageiro.

Hoje ela vai passar o dia conosco!

Pude notar um certo desconforto vindo dos dois, o silêncio desconfortável era perceptível.

Que torta de climão.

— Se eu soubesse que ia ficar esse silêncio desconfortável eu ia no bando de trás pra vocês poderem namorar, puta merda, falem alguma coisa. 

— A gente não...

— Pode parar por aí, não precisa fingir na minha frente, eu já tô ligada, não sou lesada. — Interrompo Sofia quando ela começa a tentar negar.

O silêncio se instala novamente, começando a me estressar.

— Puta merda, fala caralho.

— Falar o quê? Maluca, não tem assunto. — Meu irmão responde no mesmo tom de voz que eu, alto.

— Porra, vamos fofocar, sei lá.

— Oba, fofoca eu amo. — Theo apoiou seus braços em cada um dos bancos, enfiando sua cabeça entre mim e Sof.

A menina coloca sua mão livre na cabeça do garoto e o empurra para trás, antes de resmungar:

— Já falei para você não fazer isso, encosta no banco. Depois acontece alguma coisa, você voa longe.

Dou risada da situação. Casal fofo, eu shippo.

— Bom, vamos fofocar então sobre o que aconteceu hoje. — Sofia finalmente se pronuncia a respeito do assunto anterior.

— O que aconteceu hoje? — Pergunto, me sentindo deslocada.

— Uai, a crise de ciúmes repentina da Britney, foi bizarro. Eu e a Vic estávamos presas no banheiro perto da quadra, aí, graças ao senhor, a Eliza apareceu, mas ela não tinha visto a gente, então decidimos dar um susto nela né, foi hilário Theo, você tinha que ver...

— Vai direto ao ponto mulher. 

— Nossa grosso, vou repensar sobre você, seu irmão é muito chato Eliza.

— Continua Sofia! — Eu e meu irmão falamos ao mesmo tempo.

— Enfim, aí, quando a gente tava saindo, a loira psicopata chegou junto de umas mina aí e começou a falar que a Eliza tinha que ficar longe do namoradinho dela, e que ela não tinha a permissão pra ficar perto dele, muito menos andando no carro dele, blá blá blá.

— E quem seria o namorado dela?

— O Ethan. — Digo, iniciando uma gargalhada, sendo acompanhada pelos dois.

— Pera, você esqueceu de falar da melhor parte amiga, ela disse que eles estavam dando um tempo, por isso, não queria nenhuma "puta" em cima dele. 

— Calma, quê?! Eles nunca nem namoraram!

— Pois é! Ela é louca! — Continuo rindo enquanto zombávamos da situação.

— Ela te chamou de puta? É isso mesmo? — Percebo que o tom brincalhão de meu irmão havia mudado, e agora estava frio.

— É, e aí a Eliza chegou bem pertinho dela, segurou o rostinho de princesa dela, pisou nela bem plena usando sábias palavras e ainda por cima sussurrou, " A única puta que eu vejo aqui é você" . Foi icônico, ver aquilo de camarote foi a coisa mais feliz que podia acontecer no meu dia, finalmente entretenimento.

Meu Inimigo de InfânciaWhere stories live. Discover now