Flertes Inocentes

32 3 0
                                    

Eliza Senna ~

Acordo no sofá da sala, com a cabeça apoiada no ombro de Ethan. Na televisão, o filme que antes passava já havia acabado. Me levanto e vou beber algo. Abro a geladeira pegando uma jarra de suco de laranja.

Meu favorito!

Quando fecho a geladeira dou um pequeno grito, me assustando com a pessoa em minha frente.

O poste de 25 metros com cara de sono me olha. Que susto da porra moleque.

— Puta que pariu Ethan, parece assombração, credo, sombra. 

— Foi mal, não queria te assustar. — Sua voz está extremamente atraente deste jeito, arrastada e rouca devido ao sono.

Quis pensamentos são esses sua puta? se recomponha!

— O que você quer aqui? 

— Vim beber água também, mas já que você pegou o suco eu também aceito. 

Pego dois copos e sirvo o suco para nós dois, entregando um copo para o menino.

— Tava bom o cochilo no meu ombrinho? — Ele debocha de mim com um sorriso ladino em seu rosto.

Sinto vergonha por isso, não era minha intenção dormir sentada e me apoiar nele.

— Horrível! Muito duro.

— Que isso Elizinha, não sabia que você era desse jeito. — Ethan sorri com malicia.

Reviro meus olhos.

Ele pensou merda?

— Cala boca otário. 

— Own, que amor. Não calo não. 

— Meu pau na sua mão. 

— Que isso menina. — Ele sorri de leve.

— Você pediu! — Ri — Vou subir por meu quarto tá? Se quiser pode acordar meu irmão pra vocês subirem também. 

— Como assim? Suruba no seu quarto? — O menino arqueia uma de suas sobrancelhas.

— Você entendeu chaminé! Vocês dois sobem pro quarto do Theo! 

— Foi mal aí toquinho de madeira. 

Reviro meus olhos com força e saio dali em passos fortes, já irritada com ele.

O que posso fazer, quando eu acordo eu fico mais brava que o normal ué.

— Aposto que toda essa raiva por mim é tesão acumulado. — Escuto o menino vindo atrás de mim.

Me viro lentamente, um pouco chocada com a dedução do menino.

Não é possível.

— Eu sou lindo, eu sei, não precisa ter vergonha de assumir. Eu causo esse efeito nas meninas. 

Ainda sem palavras, começo a rir do menino.

— Tá bom então, Brad Pitt. 

— Vai me dizer que você nunca sonhou em tocar nisso aqui. — O menino pega minha mão e coloca em cima de seu abdômen.

Olha, não queria falar nada não mas, uau, que trem definido! 

Que isso, até arrepiei.

Quer dizer, credo.

Envergonhada, puxo minha mão e me pronuncio.

— Não, jesus cristo, eu querer você? — Começo a rir. — Vai dormir vai, dorme que passa. 

Meu Inimigo de InfânciaWhere stories live. Discover now