CAPÍTULO-VINTE

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Sekane assentiu, parecendo grato pela confiança de Dandara.

—  Tudo bem, não vamos discutir por causa dela. — Disse,  dando uma pausa  e logo deixar um beijo no topo da cabeça dela. — mas eu quero pedir uma coisa. 

—  Pode dizer. Eu farei qualquer coisa por você. 

— Eu não quero ver a Cláudia na minha casa, nunca mais.

— Como  é? — Indaga, ela confusa, se afastando do abraço dele. — Como assim, Kane?

— Isso é o que você ouviu.  Eu  não quero ela lá. — Confirma sua fala.

— Mas que absurdo é esse?

— Dandara,  está mais do que claro que ela que não gosta de mim,  e por que eu iria manter uma pessoa que me odeia dentro da minha casa? — Indaga, Sekane  sem entender a reação da esposa.

— Você está se...

— Não, você que não está a se ouvir.— Rebate, ele. Um silêncio se instalou  e uma tensão cresceu entre ambos. — Ótimo,  vim aqui para te levar para almoçar   em vez disso estamos a brigar pela Cláudia. 

— Você não pode fazer isso. — Declarou, Dandara  dando as costa ao marido. — Ela é minha melhor amiga, não posso fazer isso. E você também não.

— Eu já  fiz,   quando  estiver  a ir embora me liga.  — Fala,  e logo depois saí da sala dela.

Dandara  olhou pela porta onde o marido saiu,  perdida e dividida sobre as duas pessoas que considera família

Ela sabia que Sekane tinha razão em relação à Cláudia, mas não conseguia simplesmente cortar laços com alguém que ela considerava como uma irmã. No entanto, também entendia a posição do marido e sabia que precisava tomar uma decisão.

Uma lágrima solitária caiu, deixando ainda mais angustiada com  toda a situação.

— Merda.

Dandara sentia-se dividida entre o amor pelo marido e a lealdade pela amiga. Ela sabia que precisava resolver essa situação de alguma maneira, mas não sabia como. No fundo, ela sabia que Sekane estava certo em não querer Cláudia em sua casa, afinal, ninguém gostaria de ter alguém que claramente não gosta de si dentro de sua própria casa.

Ela finalmente tomou coragem e ligou para Cláudia, explicando a situação e pedindo desculpas por qualquer mal-entendido. Cláudia, por sua vez, também se desculpou e concordou em manter a distância por um tempo, para que as coisas se acalmassem.

Dandara sentiu um peso  cair sobre seus ombros. Cláudia era sua única amiga no trabalho e  fora, se afastar é como tê-la  perdido para sempre. 

Mesmo sabendo  que teria que trabalhar para manter o equilíbrio entre as duas partes de sua vida, mas estava disposta a fazer o que fosse preciso para manter seu relacionamento com Sekane e sua amizade com Cláudia. Afinal, ambos eram importantes para ela, e ela não queria perder nenhum deles.

O tempo foi passando,  quase duas semanas sem ver Cláudia  nem por mensagens ou chamadas, por outro lado, Sekane   ficou feliz em saber que Cláudia não estaria mais perto.

Agora sua única preocupação é  encontrar o matador de mulheres que ainda está solta,  a investigação tem sido feita, porém sem sucesso,  isso tem frustrado muito ele.

Dandara  estava na cozinha preparando o jantar,  hoje era a folga da empregada  e ela teria que cozinhar. 

— Tem certeza que não precisa de ajuda? — Gritou Sekane da fala. 

Ele olhava para as fasta se investigação   revisando tudo. 
A cada dia que passa sente que não tem feito nada,  ou ele realmente  não consegue solucionar o caso ou simplesmente o matador seja mais esperto que ele. Todavia, Sekane se recusa a acreditar que isso seja verdade,    todas as vistas que tem dão a mesma coisa e o mesmo local. Todos os dias Se pergunta  ele faz de propósito.

— Não amor, já estou quase a terminar. -- Responder Dandara mexendo nas panelas no fogão. 

— Está bem. Se precisar só chamar.  – Diz Sekane com os olhos vidrando no computador. 

Ele lê e reler diversas vezes  e nada, nada de novo só morte e mais morte. Ele se levanta, frustrado, e se junta a Dandara na cozinha. Ela sorri para ele e continua preparando o jantar.

— Eu sei que vai conseguir pegar esse desgraçado, Sekane. Não pode desistir agora,  nós precisamos de você. — Dandara diz, tentando animá-lo.

Sekane olha para ela, agradecida por tê-la ao seu lado. Ela sempre foi sua rocha, seu porto seguro. Ele sabe que não conseguiria passar por tudo isso sem ela.

— Você tem razão.

— Eu sei. – Rebate ela convencida,   arrancando gargalhadas de ambos .

Eles jantaram em silêncio, cada um com os seus pensamentos  e demônio  para  enfrentar e no que o futuro  os reserva.

Sekane sabe que não será fácil, mas ele está determinado a resolver esse caso e trazer justiça para todas as mulheres que foram vítimas desse assassino cruel. Ele não vai parar até que o culpado esteja atrás das grades e as mulheres possam viver em paz novamente.

***

Sekane,  lava a louça,  enquanto  Dandara  tomava seu banho,   sua mente o leva no dia em que teve um conversar  com Kelly.  E pelas ameaças   feita, esperava que finalmente  que a mulher  tivesse entendido o

Ele havia deixado claro que não toleraria mais as ameaças e provocações daquela mulher. Esperava, sinceramente, que Kelly tivesse finalmente entendido e que não voltasse ao seu trabalho,  que as coisas se acalmassem dali para frente ou ele teria que tomar outras providências.

Seu raciocínio foi cortar com o som alto da campainha, deixando os prontos de lado, Sakane se direcionou até a porta e  assim que chegou teve uma surpresa  não muito agradável. 

—Sekane Zaire   tera que nos acompanhar a delegacia está sendo preso por abuso sexual. —  Declarou Cláudia  ao dar a voz de prisão.   Ela estava na companhia de dois polícias à sua volta.

— O quê?

— Tem o direito de permanecer calado,  tudo que disser será usado contra si. — Replico, Cláudia ignorando  a pergunta dele.  E vai logo algemar suas mãos. 

— O que está a acontecer aqui? Cláudia, o que é isso? —  Interrogou,  Dandara  ao surgir na sala,  assustada .

— Levem ele. 

— Não,  o que se passa aqui?— Assevera  Dandara,  em busca de resposta.  — Como você vem até a minha casa a uma horas desta e prender meu marido?

— Amor fica calmo, isso com certeza deve ser um  mal entendido. 

— Seu marido esta sendo acusado de estupro. — Revelou, Cláudia, indiferente.

Dandara arregalou os olhos assustada, seu rosto ficou pálido  em segundos. 

— O... O que?

O Mascarado |Dark Romance |Where stories live. Discover now