CAPÍTULO- UM

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Ruanda-Kigali

— Hoje fazem cerca de cinco dias que a menina desapareceu . As autoridades estão trabalhando rigorosamente para encontrá-la, enquanto isso, a família permanece desamparada, temendo que a filha não seja encontrada. — noticiou a jornalista. Sekane observava a televisão sem demonstrar sentimentos, o caso ao qual a jornalista se referia era o mesmo em que ele trabalhara.

Isso o deixa frustrado, pois a cada dia que passa, encontra-se no meio do desespero para encontrar a pobre garota. Diariamente, é uma tristeza tanto para ele quanto para sua esposa, que está esperançosa de encontrar uma pista que os leve aos sequestradores ou, pelo menos, algo que possa dizer aos pais da menina desaparecida para confortá-los.

Dandara está afastada do caso e do trabalho devido à sua condição. Está grávida, e sua gravidez é de alto risco. Por isso, em conjunto com Sekane, decidiram que era melhor ela ficar em casa por um tempo até o bebê nascer.

— Com as novas informações divulgadas pela perícia, a cada hora, uma criança desaparece, o que leva ao aumento dos números de crianças desaparecidas em comparação aos anos anteriores em todo o país. — Voltou a comunicar a mulher na TV. — No entanto, é importante ressaltar que as autoridades estão trabalhando com essas informações. Voltaremos após um breve intervalo. — Falou a mulher, e logo depois veio um comercial.

Sekane observava a TV quando sentiu os passos da esposa atrás de si. Dandara o abraçou por trás e deixou um beijo em seu ombro sobre a camisa branca social.

— O que está assistindo? — Indagou ela curiosa, com um pequeno sorriso escapando em seu rosto negro angelical.

— O jornal. — Respondeu o esposo, virando-se rapidamente para ela e a beijando com intensidade nos lábios. A esposa correspondeu ao beijo na mesma intensidade.

O beijo do casal tornou-se quente e avassalador. Porém, Dandara se afastou do marido, deixando-o confuso. Suas sobrancelhas se arquearam, fazendo Dandara sorrir com aquela confusão.

— Você tem que ir trabalhar, meu esposo. — Disse ela, com diversão no rosto.

Sekane torceu o nariz em desgosto e disse:

— Ainda está muito cedo, podemos aproveitar um pouco mais. — Replicou ele, fazendo a esposa revirar os olhos e se afastar alguns centímetros dele. No entanto, Sekane foi mais rápido e puxou-a para si, colando seus corpos.

— Você não tem ideia do quão difícil é deixar você aqui sozinha. A cada segundo, minuto, hora que passa, é uma eternidade sem você, meu amor. — Declarou ele, olhando fixamente nos olhos da esposa.

Ela apenas sorriu e, em resposta, beijou os lábios dele. Ambos se deliciaram com aquele momento único e íntimo.

No ápice do ato, o telefone de Sekane tocou, interrompendo a intimidade do casal. Sekane bufou chateado, enquanto Dandara ria da sua expressão facial.

— Sim! — Atendeu, áspero.

— Senhor, bom dia. — Cumprimentou o homem do outro lado da linha.

— Fale. — Respondeu Sekane, pouco educado, e por conta disso, levou um pequeno tapa no braço da esposa, que o olhou com reprovação. Ele apenas revirou os olhos para ela, que ouvia a conversa toda.

O Mascarado |Dark Romance |Onde histórias criam vida. Descubra agora