17 • BLUE BLOOD

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"Eu costumava matar por diversão

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"Eu costumava matar por diversão. Nós somos podres de ricos. Sentados no fim da cauda do amor. Você me acordou para o seu sangue azul. Fez-me arruinada. Não posso acreditar que você esteve aqui o tempo todo. Você me fez sentir de novo. Me fez dançar em círculos. Em torno dos pedaços de seu coração. Você me fez sentir de novo depois da última vez. Não achei que poderia amar. Vivendo à beira-mar ninguém poderia me libertar. Antes de você vir a mim eu estava na doce escuridão. Rezando pelo final. Você é tão doce. É tão fácil te fazer cair. Sempre adorando e suportando eu vou te amar".


Estava escuro dentro do carro, nenhuma luz tinha se ascendido quando as portas foram abertas, e eu mal consegui visualizar alguma coisa, já que no momento seguinte estávamos praticamente voando pelas ruas de Port Angeles.

Nossa. Os pneus cantaram quando ele virou para o norte, e do mesmo jeito que Bella, eu acabei caindo para o lado devido a velocidade exagerada.

― Coloquem o cinto de segurança ― ele ordenou, depois que percebeu a nossa falta de habilidade em nos manter retas no assento.

Eu notei que ainda estava agarrada ao banco e a porta, meio caída, mas ao contrário de Bella não consegui obedecer ao comando dele. Eu deveria, mas me sentia completamente travada.

― Deixa eu te ajudar.

Eu queria poder dizer que reagi naturalmente quando Jasper Hale me ofereceu ajuda com o cinto, mas a verdade é que até então eu ainda não tinha me dado conta da presença dele. Sentado o mais afastado de mim, mergulhado nas sombras do carro mal iluminado, ele se aproximou com suavidade, seus olhos dourados brilhando como ouro derretido. E sem de fato me tocar ele simplesmente passou o cinto pelo meu corpo com uma competência e gentileza que me fizeram perder o fôlego. Mas essa falta de ar, somada às batidas desenfreadas do meu coração, acredito eu que não foram somente por eu estar no mesmo carro que dois vampiros.

Eu sentia que estava me afogando, sem nenhuma água por perto. Apertei os dedos das mãos, e no mesmo instante me arrependi disso. Minha mão direita ― a mesma que eu tinha usado para socar um homem, ou melhor: um monstro, que possivelmente teria feito coisas terríveis comigo e Bella só por sermos mulheres ― estava completamente dolorida, e mesmo no escuro eu conseguia sentir o inchaço sobre a pele. Acabei arfando, escondendo-a dentro do casaco juntamente ao soco inglês, que parecia ter se fundido a pele dos meus dedos.

― Jasper...

― Eu sei.

E, de repente, foi como se nenhum desses sentimentos tivessem existido. Nem ansiedade. Nem dor. Nem pânico tardio. Tudo sendo substituído por uma calma e serenidade que antes não estavam ali e que me deixaram sonolenta, com apenas uma vaga lembrança na memória da falta de ar, mas sem de fato apagar um desejo realmente nauseante que eu estava mantendo para mim mesma até então.

TWILIGHT ZONE | Jasper HaleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora