02 • THE STATE OF DREAMING

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"Eu vivi a minha vida dentro de um sonho

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"Eu vivi a minha vida dentro de um sonho. Só acordando quando durmo. Eu venderia minha alma arrependida. Se eu pudesse ter tudo. Minha vida é um teatro. É, eu tenho vivido no estado dos sonhos. Vivendo em uma terra de faz de conta".


Estava acordada, mas me recusava a abrir os olhos. Com a forte sensação de que um trator tinha passado por cima de mim e depois dado a marcha ré só de sacanagem, eu acabei gemendo quando uma claridade repentina bateu direto contra o meu rosto. Eu me sentia esquisita, meio grogue. Sem muita força, e com certeza com pouquíssima vontade de deixar a minha cama fofinha, macia e cheirosa. Só que é aquele velho ditado né: tudo o que é bom dura pouco, e desgraça pouca não é bobagem.

Ou coisa do tipo...

― Você precisa acordar, Lyssa. Do contrário vamos nos atrasar.

Não foi minha intenção gritar feito uma menininha, mas em minha defesa, bom, eu sou uma garota. O problema mesmo é que acabei me enrolando toda e caindo no chão. Apesar da voz doce, eu realmente não me lembrava de conhecer a garota parada na minha frente.

― Quem diabos é você? ― perguntei, ou melhor: exigi.

― Todo dia isso, Lyssa? ― ela, que parecia bem mais nova do que eu, soltou um suspiro longo e cansado, como se realmente me conhecesse como a palma da mão. Mas percebendo minha óbvia mudez acabou emendando. ― Sou Isabella Swan, também conhecida como Bella, sua irmã gêmea. Agora se não for pedir muito, será que você podia levantar logo? A mamãe está nos esperando para tomar café antes de viajarmos...

Ela disse a última parte de um jeito realmente estranho. Com a voz perdendo as forças aos poucos e os olhos de repente bem menos vivos do que antes. Ela estava triste.

― Claro, Bella ― me vi concordando com o que ela disse, ganhando em resposta um fraco, mas sincero sorriso de agradecimento, antes de ser deixada sozinha no quarto, só então me dando conta do que tinha acabado de acontecer.

PUTA MERDA! O xingamento surgiu em minha mente em letras garrafais e luz neon chamativa. Por outro lado, não consegui mover um único centímetro depois disso. Minha boca se abriu em um perfeito 'o' ― tenho a mais absoluta certeza de que estava parecendo uma idiota ―, mas como me culpar? Meu cérebro tinha acabado de entrar em pane.

Algum bug na Matrix devia estar acontecendo... Só isso para explicar uma situação que não fazia o menor sentido, quando na verdade, há pouco menos de alguns minutos, ou horas, eu estava em um carro com minhas amigas. Pelo menos, deveria.

Não sei mensurar por quanto tempo permaneci assim, congelada feito uma bocó, só sei que quando uma mulher meio hippie, meio energética demais, e cem por cento pistola comigo adentrou minha base segura, também conhecida como quarto, com um falatório desenfreado sobre eu ser muito enrolada e coisa e tal, as coisas realmente ficaram estranhas.

TWILIGHT ZONE | Jasper HaleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora