De três coisas Alyssa estava convicta. Primeira, ela tinha enlouquecido. Segunda, havia uma parte dela - e ela realmente não sabia o quão longe essa parte poderia ir - que gostava de toda a situação.
E terceira, ela estava muito ferrada, mas também...
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"Quando você entrou o ar foi embora. E toda sombra se encheu de dúvida. Eu não sei quem você pensa que é, mas antes que a noite acabe, eu quero fazer coisas más com você. Eu não sei o que você fez comigo, mas eu sei o quanto isso é verdadeiro: eu quero fazer coisas más com você. Quando você entrou o ar foi embora. E todas aquelas sombras ali se encheram com dúvidas. Eu não sei quem você pensa que é, mas antes que a noite acabe, eu quero fazer coisas realmente más com você".
Foi como desfilar em uma passarela. Com todas aquelas pessoas encarando. Tendo de calcular meus passos para evitar um escorregão embaraçoso. E quando finalmente cheguei ao meu destino, eu simplesmente sorri. Um sorrisão meio idiota, totalmente sem noção.
― Oi, eu sou a Alyssa. Mas podem me chamar de Lyssa, ou Allie. O que preferirem. Será que posso me sentar com vocês?
Eu não pretendia tagarelar, muito menos pedir permissão, mas quando avistei os três vampiros me encarando com seus olhos topázio e expressões de paisagem, simplesmente escapou. Então, de repente, eu parecia uma coelhinha assustada tentando fazer amigos, e não uma garota que sabe das coisas.
― Acredito que você perdeu o caminho para sua própria mesa, não? ― voz aveludada e musical como sinos de Natal, mas a cara era de vadia colegial muito barata.
Rosalie Hale me encarou com seu perfeito nariz arrebitado, e por um momento eu fiquei sem fala. Mas já que estava ali, bom, não iria perder viagem.
― Não sabia que as mesas tinham donos ― sorri amavelmente, fazendo a sonsa. Ao lado dela, o loiro, Jasper, virou o rosto para me encarar. Sei disso porque minha visão periférica até que era muito boa, não porque encarei de volta... Porque se eu encarasse, possivelmente, já estaria chorando.
― E eu não sabia que as garotas dessa escola podiam ser tão sonsas ― ela respondeu, devolvendo o sorriso. Tão falsa quanto eu.
Percebi quando o loiro, a segurou pelos ombros, como se fôssemos pular em cima da mesa e sair rolando pelo chão como duas selvagens, mas ao meu ver estávamos estabelecendo presença, cada uma ao seu modo.
Surpreendentemente, ela se desvencilhou dele, e afastou uma cadeira. Arqueei as sobrancelhas, tendo dificuldade de entender o gesto. Sem paciência, ela rolou os olhos, e me encarou como quem diz: "eu sou a loira, mas você que é a burra", e eu achei extremamente ofensivo com minha lentidão humana, que nem era assim tão lenta.
― Já que insiste ― sorri, fingindo que não fui ofendida, me virando para ela um tanto vitoriosa. ― Sabia que seríamos amigas... Uma vadia reconhece a outra.
Tive a impressão de ter visto um pequeno sorriso nos lábios dela, mas foi tão rápido que depois eu fiquei achando ser coisa da minha cabeça. Por outro lado, a montanha viva ao lado dela, não teve cerimônia alguma em demonstrar que foi com a minha cara.
― Eu sou o Emmett, a propósito ― ele respondeu depois que sua gargalhada escandalosa balançou alguns copos da mesa, e alguns olhares tortos fizeram a loira cutucá-lo nas costelas.
