10 • GIVES YOU HELL

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"Quando você vê meu rosto, espero que isso te infernize

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"Quando você vê meu rosto, espero que isso te infernize. Quando você cruza meu caminho, espero que isso te infernize. Aonde está sua cerquinha branca agora, amor? E aonde está aquele carro brilhante? E isso alguma vez te levou a algum lugar? Você nunca pareceu tão tenso, amor. Eu nunca tinha visto você cair tão feio. E você sabe aonde está? E que a verdade seja dita, eu sinto sua falta. E que a verdade seja dita, eu estou mentindo".


Mães são criaturas estranhas, e eu posso provar:

― Ei, Bella ― chamei minha outra metade, que deitada sobre a cama, de um jeito meio espalhado, me pareceu excessivamente concentrada em um livro de História antiga, como se com isso quisesse evitar outros pensamentos. E eu bem podia imaginar quais...

Em silêncio, com uma paz interior que eu sabia não ser verdadeira, ela me encarou, as sobrancelhas arqueadas. Fiz um sinal com as mãos, para que ela viesse até mim.

― Se liga nisso daqui ― me virei de volta para o computador, mais especificamente para um ponto da tela.

Meu email (cujo o qual nunca mudei e tenho desde os treze anos de idade, estava aberto, a caixa de entrada lotada de mensagens).

― São da mamãe ― ela murmurou, chegando mais perto da tela, enquanto eu puxava a cadeira do meu lado para ela poder se sentar.

Ainda não tinha aberto nenhum deles, eram três no total, mas o remetente: , não deixava dúvidas de quem tinham enviado.

― Abre eles.

Bella me encarou rapidamente, antes de voltar os olhos para a tela. Neles eu consegui enxergar uma clara expectativa, mas por algum motivo não me senti tão animada com os e-mails quanto ela.

― Ok ― apesar da incerteza que circundava meus pensamentos, resolvi fazer o que ela me pediu.

Não tinha outra coisa a ser feita, afinal.

O primeiro email começava assim:

"Batatinha e Baunilha,

De início eu não entendi, mas Bella abriu o maior sorriso quando leu, e como se fosse algum tipo de magia uma explicação me surgiu em mente, como se Renée estivesse ali ao meu lado a proferindo: "Elas são essa combinação estranha, que à princípio ninguém acredita ser possível. Elas são como batatinha e baunilha, como elas mesmas gostam de dizer. Ao menos, quando tinham cinco anos de idade e saíamos para tomar sorvete. Era sempre um sorvete mais um pacotinho de fritas, e elas dividiam essa mistura estranha juntas. Como se isso fosse a coisa mais comum do mundo, e enquanto alguns torciam o nariz com a cena, elas só se divertiam, como se soubessem que tudo o que importa é o aqui e o agora, e o quanto são fortes juntas".

― O que foi? ― Bella perguntou, me trazendo de volta a realidade.

Balancei a cabeça de um lado para o outro, e murmurei um "nada" meio fraco, mas acabei deixando escapar um sorriso também.

TWILIGHT ZONE | Jasper HaleWhere stories live. Discover now