00 • PREFACE

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Nunca pensei muito sobre o futuro, ou como meus sonhos poderiam se realizar — embora devesse começar —, mas ainda que isso fosse terrivelmente irônico, eu jamais poderia imaginar que seria testada dessa forma, afinal, sempre fui apenas uma humana. Um pouco defeituosa, mas ainda assim tão comum quanto o significado da palavra comum.

Eu encarei sem respirar através do longo aposento, dentro dos olhos perversos do caçador, e ele olhou de volta, parecendo satisfeito com a minha reação sem nenhum resquício do senso de preservação que realmente se esperava de alguém como eu nesse tipo de situação.

Com certeza não era uma boa forma de se morrer. Quando me perguntavam sobre o meu tipo ideal de morte eu sempre tinha uma resposta pronta: dormindo e sorrindo, de preferência depois de muito ter vivido, e com boas histórias para se contar.

Mas, não. Bella tinha que ser a heroína virgem, e eu tinha que ser a irmã dela, que infelizmente não tinha nada de virgem. Ou seja, o futuro de Bella estava mais do que garantido. Todo mundo sabe que as virgens sempre sobrevivem... Já as garotas que como eu, não tinham muito de inocente, bem, o pior prognóstico era o que as esperava.

E se tratando de Crepúsculo, um romance ruim que tentava a todo custo ser gótico, eu realmente não esperava muito da minha morte. Apenas que talvez ela pudesse ajudar de alguma forma na história... Digo, eu realmente amava Bella demais para deixar as coisas acontecerem simplesmente como deveriam acontecer.

Afinal, meu lema sempre foi: Foda-se essa merda!

E que se foda a linearidade lógica de tudo.


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TWILIGHT ZONE | Jasper HaleWhere stories live. Discover now