Capítulo XXXIV

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Valentina POV

— Não tenho que usar salto, tenho?

Eu estava vestida com um vestido lilás longo e classudo demais para o meu gosto. Íamos encontrar Duda e o marido, Rob, para jantar, e eu já estava mais arrumada do que queria.

— É melhor usar — explicou Luiza, entrando no quarto.

— E eu tenho um salto alto?

— Comprei um quando Duda me disse onde eles queriam jantar.

Ela foi até o seu armário e a tirou de lá,
colocando-a no chão perto dos meus pés

— Não me lembro da última vez em que usei um salto — falei

Eu tinha conhecido Duda e Rob uma semana antes, quando eles tinham nos convidado para ir
à casa deles. Gostei deles, eram fáceis de conversar. Assim, quando Luiza comentou que eles queriam sair para jantar conosco, eu disse que sim, claro.

— Vou estar pronta em um minuto. Só tenho que decidir que roupa usar.

Ela ficou parada na frente do armário de calcinha e sutiã, e então eu me sentei na cama e cruzei as pernas aproveitei a visão.

— Pensei que você tivesse dito que calcinhas estilo fio dental fossem desconfortáveis.

— E são. Mas acho que é um mal necessário esta noite. — Luiza tirou um vestido do armário.
— Este? — perguntou ela, segurando um vestido preto longo e sem mangas contra o peito.

— É bonito.

— E este?

O outro vestido era azul-escuro, curto, com mangas compridas e bem decotado na frente.

— Esse é sexy.

— Então acho que temos um vencedor — disse ela, colocando o vestido, que ficou justo nela.
Depois, calçou um par de saltos altos.

Eu nunca a tinha visto tão arrumada. Normalmente ela usava jeans — a maioria da Levi’s — e uma camiseta ou um suéter. Às vezes, usava saias, mas nada como isso. Seus seios estavam maiores agora que ela estava se aproximando do seu peso normal, e o sutiã que ela usava os empinava.

Torcendo o cabelo, ela o prendeu em um nó na nuca e colocou brincos compridos, do tipo que
eu usava para pescar na ilha. Ela usava batom vermelho. Fitei sua boca e quis beijá-la.

— Você está incrível.

Ela sorriu.
— Você acha?

— Acho.

Ela estava elegante. Linda. Como uma mulher com a cabeça no lugar.

— Você também está linda, Vamos?— chamou ela.

Eu era uns dez ou vinte anos mais nova do que todos no restaurante. Chegamos um pouco cedo
assim, Luiza e eu seguimos Duda e Rob para o bar pouco iluminado para esperar nossa mesa. Mais de uma cabeça se virou para nos olhar quando passamos

Eduarda começou a conversar com um cara. Rob Luiza e eu estávamos debatendo sobre atravessar a multidão para pegar bebidas quando uma mulher segurando uma pilha de cardápios se aproximou de nós.

— Sua mesa está pronta — informou ela.

Duda se virou para o cara com quem ela estava conversando. Ele usava um terno, mas havia
afrouxado a gravata e desabotoado os dois botões de cima da camisa. Segurava um copo de alguma coisa que parecia ser uísque. Estava lá sozinho, e imaginei se teria vindo direto do trabalho.

— Por que você não se junta a nós para jantar? — Ouvi Duda dizer a ele. — Vocês se
importam?

— Tudo bem — disse Luiza

Valu - Na ilhaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora