O começo de uma nova história.

180 25 42
                                    


_________________________________________

— Você está dizendo que destruiu um relacionamento usando ameaças de alguém que tem a capacidade de manipular Sato…?! — Antes que Choso conseguisse concluir sua frase, Yuki o interrompeu de forma brusca, sua voz alta e exaltada.

— Você está gritando comigo?! — Yuki retrucou, demonstrando abertamente seu estresse, com as sobrancelhas contraídas e uma expressão de frustração marcada em seu rosto.

Choso permaneceu em silêncio, e um silêncio absoluto tomou conta do ambiente.

— Fiz uma pergunta, Choso. — Yuki acalmou sua voz, ainda que seu semblante permanecesse tenso.

— Não, não estou. — Choso murmurou, abaixando a cabeça. Choso tem um certo problema em conter suas emoções e frequentemente se precipita ao falar….

— Choso. Por acaso você está esquecendo com quem está falando? — questionou Yuki.

— Não. — Choso respondeu de imediato.

— É porque tá parecendo. — Yuki levantou seu tom de voz, quase interrompendo a fala de Choso. Sabendo que o silêncio persistiria, ela apenas revirou os olhos, com uma vontade intensa de espancar Choso até que ele dissesse algo que servisse.

Obviamente, Satoru não desistiu facilmente. Ele permaneceu em pé em frente à porta de Suguru, com os braços cruzados. Suas pernas estavam vermelhas devido ao tempo que ele permaneceu em pé, sem contar a dor que sentia. Esta era a 23ª vez que ele batia na maldita porta, mas sem qualquer resposta de Suguru.

— Suguru, estou mandando... Abra essa porra da porta! — Satoru gritou pela 78ª vez, sua voz soava um pouco rouca.

— Se você não abrir, eu... — Satoru fez uma pausa, pensando em suas opções.

— Vai fazer o quê??? — Suguru gritou em resposta.

— Ah, então você está me ouvindo?! Ótimo, Suguru! Abra esta porta! — Satoru gritou, batendo repetidamente na porta com força. Os vizinhos estavam com a língua lá pra baixo de tanto que fofocavam sobre o que Satoru estava fazendo na porta do tal vizinho.

— Saia da frente da minha porta agora ou chamarei a polícia! — Suguru gritou.

— Vai chamar? Que gracioso... — Satoru soltou uma risada sarcástica, desviando o olhar. — Chame, Suguru. Eu estou esperando!

—  SAAAAAAIIII DAAAA MINHAA PORTA PORRA — Era tão ruim ver que nem assim Satoru desistia… Onde Suguru foi se meter…?

—  Vamos, Suguru. Eu só preciso ter uma conversa DECENTE com você, pelo amor de deus. — Satoru respondeu, com seu tom soando baixo e rouco, como um murmuro ofegante.

—  Eu NÃO vou abrir, Satoru. — Suguru disse, no mesmo tom de Satoru.

—  Você só precisa me escutar!!! — Satoru gritou, começando a lacrimejar já.

E assim, a porta se abriu. Ele queria ceder…? Não. Mas ele sente dó de todo mundo, quem garante que ele não sentiria de Satoru?

—  Eu vou te dar 10 segundos. — Suguru disse, num tom único e sem hesitação.

Satoru aparentou estar meio ofegante, mas pelo menos conseguiu o que queria. Engolindo saliva e respirando fundo, ele olhou para Suguru.

—  Olha… Não era o que você estava pensando, eu te juro! Eu.. — Satoru foi interrompido por Suguru.

—  Nunca era o que eu estava pensando, não acha estranho??? Satoru, dê uma desculpa acreditável.  —

Satoru soltou ar pela boca. — Só me escuta!!! —  Ele gritou. — A mulher com quem você brigou, me tirou de uma furada enorme, e se ela quiser me pôr de volta, ela me bota na furada de novo!!! — Disse Satoru.

Primeiro Olhar, Talvez? (SATOSUGU)Where stories live. Discover now