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_________________________________________— Você está dizendo que destruiu um relacionamento usando ameaças de alguém que tem a capacidade de manipular Sato…?! — Antes que Choso conseguisse concluir sua frase, Yuki o interrompeu de forma brusca, sua voz alta e exaltada.
— Você está gritando comigo?! — Yuki retrucou, demonstrando abertamente seu estresse, com as sobrancelhas contraídas e uma expressão de frustração marcada em seu rosto.
Choso permaneceu em silêncio, e um silêncio absoluto tomou conta do ambiente.
— Fiz uma pergunta, Choso. — Yuki acalmou sua voz, ainda que seu semblante permanecesse tenso.
— Não, não estou. — Choso murmurou, abaixando a cabeça. Choso tem um certo problema em conter suas emoções e frequentemente se precipita ao falar….
— Choso. Por acaso você está esquecendo com quem está falando? — questionou Yuki.
— Não. — Choso respondeu de imediato.
— É porque tá parecendo. — Yuki levantou seu tom de voz, quase interrompendo a fala de Choso. Sabendo que o silêncio persistiria, ela apenas revirou os olhos, com uma vontade intensa de espancar Choso até que ele dissesse algo que servisse.
◇
Obviamente, Satoru não desistiu facilmente. Ele permaneceu em pé em frente à porta de Suguru, com os braços cruzados. Suas pernas estavam vermelhas devido ao tempo que ele permaneceu em pé, sem contar a dor que sentia. Esta era a 23ª vez que ele batia na maldita porta, mas sem qualquer resposta de Suguru.
— Suguru, estou mandando... Abra essa porra da porta! — Satoru gritou pela 78ª vez, sua voz soava um pouco rouca.
— Se você não abrir, eu... — Satoru fez uma pausa, pensando em suas opções.
— Vai fazer o quê??? — Suguru gritou em resposta.
— Ah, então você está me ouvindo?! Ótimo, Suguru! Abra esta porta! — Satoru gritou, batendo repetidamente na porta com força. Os vizinhos estavam com a língua lá pra baixo de tanto que fofocavam sobre o que Satoru estava fazendo na porta do tal vizinho.
— Saia da frente da minha porta agora ou chamarei a polícia! — Suguru gritou.
— Vai chamar? Que gracioso... — Satoru soltou uma risada sarcástica, desviando o olhar. — Chame, Suguru. Eu estou esperando!
— SAAAAAAIIII DAAAA MINHAA PORTA PORRA — Era tão ruim ver que nem assim Satoru desistia… Onde Suguru foi se meter…?
— Vamos, Suguru. Eu só preciso ter uma conversa DECENTE com você, pelo amor de deus. — Satoru respondeu, com seu tom soando baixo e rouco, como um murmuro ofegante.
— Eu NÃO vou abrir, Satoru. — Suguru disse, no mesmo tom de Satoru.
— Você só precisa me escutar!!! — Satoru gritou, começando a lacrimejar já.
E assim, a porta se abriu. Ele queria ceder…? Não. Mas ele sente dó de todo mundo, quem garante que ele não sentiria de Satoru?
— Eu vou te dar 10 segundos. — Suguru disse, num tom único e sem hesitação.
Satoru aparentou estar meio ofegante, mas pelo menos conseguiu o que queria. Engolindo saliva e respirando fundo, ele olhou para Suguru.
— Olha… Não era o que você estava pensando, eu te juro! Eu.. — Satoru foi interrompido por Suguru.
— Nunca era o que eu estava pensando, não acha estranho??? Satoru, dê uma desculpa acreditável. —
Satoru soltou ar pela boca. — Só me escuta!!! — Ele gritou. — A mulher com quem você brigou, me tirou de uma furada enorme, e se ela quiser me pôr de volta, ela me bota na furada de novo!!! — Disse Satoru.
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Primeiro Olhar, Talvez? (SATOSUGU)
Fantasy˙ 𖥔 - 𝐒uguru 𝐆etou é um advogado dedicado e inabalável, cujo compromisso com o sucesso o distancia do mundo dos afetos românticos. Ele enxerga os relacionamentos amorosos como um desvio desnecessário em sua busca por um propósito maior na vida...