"Entre nós"

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— Por favor, não demorará tanto. E preste atenção, você poderá ter tudo e mais um pouco, além de poder adicionar regras a esse nosso relacionamento. — Satoru disse, encarando Suguru. Ele nunca imaginou que teria que se humilhar diante de um desconhecido.

— Satoru, eu não te devo nada, então não vejo razão para fazer essa idiotice. E mais uma coisa, eu não quero que você me envolva NUNCA mais nas suas tolices, porque eu não tenho nada a ver com elas. Ah, e bem… Trate de chamar um chaveiro, meu celular está no seu quarto. — Respondeu Suguru, cruzando os braços.

— Eu não vou chamar ninguém até ouvir uma resposta decente da sua boca, Suguru. — Satoru estava agindo como uma criança mimada. Ele já era bem velho para essas coisas, mas estava se comportando como se tivesse cinco anos. Se não fosse do jeito dele, não seria do jeito de ninguém.

— Ótimo, Satoru. Você fez sua escolha. Assim como você não vai chamar um chaveiro até ouvir um “sim” de mim, eu me recuso a te responder qualquer coisa até essa porta ser aberta. — Suguru se sentou novamente na cadeira, mantendo os braços cruzados.

— Vai ser assim, é? Então faça o que quiser. Eu NÃO vou chamar um chaveiro, mas tomarei outra providência. — Satoru pegou seu celular e discou o número de Toji, o ligando. — Toji, poderia, por gentileza, vir até minha casa e trazer a pasta com os documentos que estão sobre a minha mesa no escritório? — Disse Satoru, com um tom confiante e autoritário.

— Bem... Satoru, eu já estou aqui, mas só vejo uma pasta vazia na mesa e algo escrito com batom... —  Respondeu Toji, tentando ler, mas soltando uma risada logo em seguida.

— O que foi? O que está escrito, Toji? Me responda! — disse Satoru, levantando-se, com o ego abalado pela resposta de Toji.

— Está dizendo que você é um grande filho da puta e que seria melhor você parar de perseguir a tal pessoa... — Toji dizia, repetindo o que estava escrito. — E veja só, a pessoa é corajosa, até assinou o próprio nome. Parece que queria deixar claro quem escreveu.

— Vai ficar enrolando ou vai dizer logo o nome, porra!? — Satoru disse, aumentando o tom de voz.

— Suguru...? Ah, Suguru Getou. Caralho, nome difícil de ler. — Respondeu Toji, na maior inocência.

No momento, Suguru apenas sorriu de canto, com os olhos fechados, esperando a reação de Gojo.

— Ah, claro... Sem problemas. Foi meu noivo, ele sempre faz isso! — Satoru soltou uma risada forçada. — Não se preocupe. Se puder fazer o favor de limpar aí, agradeço.

— O QUÊ?! — Toji e Suguru exclamaram simultaneamente, arregalando os olhos. — SEU NOIVO?!

— TÁ MALUCO?! SEU NOIVO O CACETE, SATORU! DESLIGA ESSE CELULAR! — Suguru gritou, quase sussurrando, levantando-se.

— Caramba, você já arrumou um noivo? Isso foi rápido... Não é igual àquela loira, a tal de “Yuki”, né? — Toji dizia, surpreso.

— Não mencione o nome dela. Nem namoro tivemos, foi só um caso, não se empolgue. — Respondeu Satoru.

— Ah, esqueci de avisar. Tá uma bagunça danada sem você aqui. Tanto que até essa loira passou aqui procurando por você. Ela deve estar namorando também, apareceu com um moreninho estiloso. Fiquei até com inveja! — Disse Toji, rindo.

— Como assim ela já está namorando? Eu sou insuperável. Ninguém me supera rápido assim. Isso deve ser só para me provocar ciúmes. — Disse Satoru, com o ego inflado.

Primeiro Olhar, Talvez? (SATOSUGU)Where stories live. Discover now