Bipolaridade

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Satoru acompanhou Megumi até o banheiro com os olhos, meio “preocupado”. Quando ele desapareceu pela porta, Satoru voltou sua atenção para o computador, tentando retomar a conversa sobre a parceria de sua empresa. Seu semblante mudou rapidamente para um aspecto sério, mostrando sua determinação em resolver os assuntos do trabalho, apesar das preocupações pessoais… Porém, por um momento, a porta se abre transmitindo um ar de desespero. Amanai entrou na sala com uns documentos na mão, seu rosto contorcido em desespero.

—  Senhor Gojou, por favor, é urgente! Uma de suas empresas em Osaka foi atingida por um incêndio devastador! Parece que tudo foi consumido pelas chamas! — Amanai exclamou, antes mesmo de fechar a porta.

Satoru ficou em choque, seu corpo tenso se ergueu da cadeira com surpresa e incredulidade.

—  O quê?! — Exclamou, mal conseguindo articular as palavras diante da notícia devastadora. Seus olhos se arregalaram enquanto tentava assimilar a gravidade da situação.

Nanami estava deitado confortavelmente na toalha, sentindo os raios quentes do sol acariciando sua pele enquanto ele relaxava na praia. Seus óculos de sol, adornando seu rosto com estilo, refletiam a luz do sol, adicionando um toque de elegância à sua aparência descontraída. Ele suspirou de contentamento, apreciando a suave brisa do mar e o som relaxante das ondas quebrando na costa. Enquanto Nanami desfrutava do momento, ele notou Ijichi se aproximando com um sorriso gentil. Ijichi segurava uma garrafa de protetor solar nas mãos, pronto para ajudar Nanami a se proteger dos fortes raios do sol. Embora Nanami geralmente fosse independente, ele nem hesitou, até porque é o mínimo que Ijichi deve fazer. Com um gesto cuidadoso, Ijichi começou a aplicar o protetor solar nas costas de Nanami, massageando suavemente a pele para garantir uma cobertura uniforme. Enquanto isso, Nanami fechou os olhos, aproveitando a sensação reconfortante do toque de Ijichi.

—   Está gostando, senhor Nanami? — Ijichi perguntou, com um sorriso generoso em seu rosto.

—   Só continue quieto e faça seu trabalho. — Nanami respondeu firme e sem hesitação.

—   Eu preparei um dos melhores protetores solares que tinha em minha casa somente para você!!!!  —  Ijichi disse, ignorando a fala de Nanami.

—  Hum. — Nanami murmurou.

—  É… Como vai o trabalho??? — Ijichi descia suavemente suas mãos para lugares mais…

—  Eu estou de folga, Ijichi.

—   Ah, sim… Havia esquecido. — Ijichi soltou uma pequena risada, molhando os lábios. Ele deu um leve tapinha nas costas de Nanami para avisá-lo que era pra virar de frente a ele, então assim feito, Nanami concedeu o pedido.

Com movimentos suaves e delicados, Ijichi deslizou suas mãos pelo abdômen de Nanami, seguindo cada linha definida com precisão. Cada toque era como uma onda suave, fluindo e acalmando Nanami ainda mais. Ele fechou os olhos, permitindo-se mergulhar na sensação reconfortante da massagem de Ijichi. Enquanto as mãos de Ijichi continuavam a deslizar, Nanami sentia uma sensação de relaxamento profundo se espalhando por todo o seu corpo. Era como se cada preocupação e tensão estivessem sendo levadas pelo mar, deixando-o com uma sensação de paz e serenidade. Ele sorriu suavemente, aquele sorriso que surge de repente, sem motivo algum.

—  Sabe… Meu sonho é morar em uma casa em frente ao mar. —  Disse Nanami.  —  Poder acordar e avistar as ondas calmas passando pela areia.

—  Sério, Nanami? Eu pensava que você sempre quis morar em mansões grandes e luxuosas…  — Ijichi foi interrompido.

—  Não. Uma casa pequena, não tão decorada, mas que transmita conforto. Essa é a casa que eu sempre quis morar.

Primeiro Olhar, Talvez? (SATOSUGU)Where stories live. Discover now