Primeiro Olhar, Talvez? (SATOSUGU)

O verdadeiro barulho do silêncio.

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—  Nem fudendo que o marido desse franja falsificado é o Satoru. — A mulher disse, abaixando a cabeça.

Satoru iria falar com o Homem que estava em pé, porém acabou avistando a mulher e…

—  Zenin?! Caralho.. Nem fudendo! Quanto tempo! — Satoru disse, deixando escapar um grande sorriso em seu rosto.

—  ??! Eles se conhecem??! .. — Suguru sussurrou pra si mesmo.

—  Resolva isso de vez, Satoru. Eu tenho mais o que fazer. — Maki disse.

—  Espera aí.. A mulher com quem você estava brigando era ela? — Satoru disse, olhando para Suguru, em seguida soltando uma pequena risada impressionada.

—  Senhor Gojo, por favor. Peço que o senhor aguarde lá fora. — O homem disse.

—  Ae, eu não devo obedecer ordens de ninguém, apenas de policiais, e você não é um.. — Satoru respondeu, se virando para o homem. —  Então veja se para de ficar querendo me botar pra fora, tá?

—  Que infantilidade.. — Maki sussurrou.

—  Pare de graça, seu velho! Só dê um jeito de me tirar daqui logo! — Suguru dizia. Ele estava tão apressado, que nem percebeu que esse “velho” era seu “””marido”””, entre aspas.

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Yuki estava na cozinha, botando champanhe em sua taça que estava em cima do balcão. A mesma já aparentava estar um pouco bêbada, suas bochechas estavam meio rosadas enquanto um sorriso largo estava entre seus lábios borrados de batom vermelho. Ela encontrava-se de apenas vestes íntimas, com seu longo cabelo solto meio molhado grudando em algumas partes de seu corpo. Pegando sua taça de champanhe, ela caminhava em direção à sala meio tonta, encontrando com Choso que estava sentado no sofá, bebendo vinho.

—  O que foi..? Por que está com essa carinha?.. — Yuki disse, sentando no colo do homem, em frente ao mesmo.

—  Não é nada, Yuki. — Choso tentava ignorar o fato da loira estar sentada em seu colo com apenas vestes íntimas. Era nítido que o mesmo estava desconfortável mas era melhor ficar quieto.

—  Ainda tá chateado com o que eu disse mais cedo? — Yuki dizia, o olhando. O sorriso permanecia em seu rosto, e talvez suas intenções aumentassem.

—  Não. — Choso engoliu saliva, desviando o olhar acompanhado de sua cabeça virando pro outro lado.

—  Por favor… — Yuki soltou uma risada, pondo seu polegar no queixo do moreno levando seu olhar para o da mesma. — Você vai ficar assim até quando?

Choso retirou o dedo de Yuki que estava em seu queixo, a olhando.

—  Yuki, peço que por favor, saia de onde está sentada. — Choso disse.

—  Você vai me tirar? — Yuki lambeu os lábios antes de dizer.

—  Yuki.. — Choso tentou falar, porém foi interrompido por Yuki que começou a beijá-lo forçadamente. O champanhe se derramou por todo sofá junto do vinho que caiu sobre os dois. Choso se contorcia, tentando fazer que a mesma parasse, porém Yuki tinha mais “”poder””, se é assim que podemos dizer.

𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊 ON

Há muitos tempos atrás, Choso vivia apenas com sua mãe e seu pai numa casa pequena que ficava não tão longe de uma igreja católica. Sua mãe estava desempregada e normalmente frequentava a igreja com a esperança de que Deus mudaria a sua situação. Seu pai era bancado por algumas amantes por aí, sendo assim sua família. Além do homem ser alcoólatra, ele agredia sua mãe toda noite em que ele chegava da casa de suas amantes, sem motivo ou com motivo (O mais bobo possível.) Todas as freiras, noviças, padres e etc sabiam da situação de Choso e sua mãe, então eles sempre diziam para Choso: “Deixe que Deus mude isso, meu pequeno servo de Jesus. Uma hora você vai ver, Deus irá fazer morada em seu pai, e ele mudará por completo.”  Choso sempre ouviu isso, e esperava essa tal mudança que as irmãs diziam.. Porém teve uma noite, em que seu pai chegou TÃO bêbado, mais TÃO bêbado que ele agrediu sua mãe até a mesma ficar inconsciente de tanto vomitar. Seu corpo estava encharcado de sangue, e era possível ouvir gritos em TODOS os lugares da casa, quanto da vizinhança. Os gritos agonizaram tanto Choso, que ele não conseguiu se segurar. Tremendo, o mesmo segurou seu colar com a cruz, fechando seus olhos.