Em chamas.

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A moça não demorou um instante e trouxe um terno preto DESLUMBRANTE que brilhava aos olhos de Satoru. Ele era chamativo e totalmente atraente, e cada detalhe mínimo deixava o terno ainda mais perfeito. Satoru, na hora, se apaixonou pelo traje e confessou que ficou um pouquinho invejoso, enquanto Suguru permaneceu com a mesma expressão desde que chegou à casa de Satoru. Em sua cabeça, era apenas um terno normal, como os outros.

- Temos outras opções também, Senhor.. - A moça iria completar a frase, porém foi interrompida por Satoru.

- EU VOU QUERER ESTE! - Ele se levantou, junto levantando seu cartão sem limite.

- Meu Deus.. Pra que todo esse escândalo? - Murmurou Suguru.

Tempos depois, Satoru saiu com sua compra, satisfeito e todo alegre. No carro, enquanto Satoru dirigia, Suguru recebeu uma ligação importante de seu superior na advocacia. O moreno olhava alternadamente para Satoru e para o celular, e quando Satoru afirmou com a cabeça que ele poderia atender a ligação, Suguru passou horas ao telefone, envolvido na conversa. No entanto, Satoru notou algo.

Satoru on

O homem ao meu lado conversava, enquanto eu dirigia o carro em silêncio, mas algo na conversa de meu advogado me chamou a atenção.

— Eu tentei procurar pistas sobre o acontecimento que ocorreu no dia, mas a única coisa que eu identifiquei foi uma mulher de cabelos loiros... — Disse Suguru, mantendo um tom sério e calmo durante a ligação.

—  Isso foi a única coisa que você pôde achar? Grande coisa, Getou. Eu já imaginava isso vindo de você, eu quero essas provas pra amanhã. A advocacia pegou fogo por sua culpa, e foi essa causa que teve mortes por qualquer canto!! — Gritou seu superior, visivelmente irritado.

—  Certo. Irei fazer o meu máximo o mais rápido possível. — Meu advogado respondeu.

Getou desligou o telefone com uma expressão cansada. Curioso com a resposta do superior, cutuquei Suguru, sem olhá-lo, mas prestando atenção em cada palavra.

— Que aconteceu, ein? — Perguntei, alimentando minha curiosidade.

— Não é da sua conta, só dirige esse carro. — Respondeu Suguru, todo estressadinho. Foi possível vê-lo encostando a cabeça no encosto do banco.

— Eu já estou dirigindo, oh bonitão. A advocacia pegou fogo é? — Insisti, percebendo que ele estava relutante em compartilhar.

—  Você é curioso pra caramba, fica quieto vai... Eu vou acabar perdendo a paciência com você. — Retrucou ele, lambendo aqueles lábios após sua fala.

Decidi parar o carro, encostando-o perto da calçada e cruzei os braços, lançando um olhar de canto para Suguru.

—  Eu só dirijo esse carro se você me contar o que aconteceu. —  Disse, com um sorriso bobo no final. Se tem algo que eu amo, é de fato sorrir quando tudo está indo por meu caminho.

Suguru me olhou com um olhar assustador, mas eu até gosto de vê-lo estressado. Após alguns momentos, ele acabou cedendo e me contou tudo. Em minha mente, veio Yuki, e obviamente não seria surpresa se ela estivesse envolvida nisso, considerando sua natureza possessiva e ciumenta... É.

Chegando em casa, Suguru experimentou o terno, e foi algo que realmente chamou minha atenção. Não sei que sensação foi aquela, mas senti meu coração acelerar. Eu... Eu com certeza estava apaixonado... pelo terno, obviamente. Aquele traje era indiscutivelmente um dos melhores que já vi na vida! Só que nada supera o meu, é claro.

Primeiro Olhar, Talvez? (SATOSUGU)Where stories live. Discover now