Il Club Dell'Inferno

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   Mais um capítulo na visão de Ricardo e não se preocupem, logo vocês terão uma luz de como nosso protagonista, Danilo, está se saindo no cativeiro. Uma boa leitura. Aliás, o que vocês acharam da capa nova?
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   Após a família de Danilo arrumar suas coisas, decidi que iria acompanhá-los e voltar para a casa de meus pais. Deixei alguns empregados de confiança cuidando de limpar e arrumar a casa de praia. V estava dirigindo, Raissa decidiu me acompanhar atrás e por estarmos em uma limusine, tinha espaço para o restante. Vanuza e Baltazar se sentaram longe de mim, enquanto que Arthur e Eloá ficaram mais perto. Estava um clima tenso dentro do carro, a mais velha chorava por causa do filho, enquanto o marido a reconfortava como podia. Raissa estava abraçada a mim, com a cabeça em meu peito e massageando minhas costas. Por sorte eu tenho meus amigos comigo, apesar de estar sofrendo pela morte de Eliana. Ela não era só uma guarda-costas, era uma amiga de longa data e jamais iremos nos esquecer dela.

   Arthur estava em silêncio, enquanto a namorada dormia com a cabeça em seu colo. Ela não deve ter conseguido descansar durante a madrugada e sua gravidez não é tão segura. Se eu não posso manter o homem que eu amo em segurança, vou fazer o possível para cuidar de sua família. Durante o restante da viagem, ninguém conversou ou tentou falar sobre o que aconteceu. Não parecia haver algo que eu pudesse dizer que reconfortasse a dor de dois pais que sentiam que tinham perdido o filho. Eu preciso de um plano, vou trazer o Danilo de volta, custe o que custar.

   Quando chegamos na mansão, a família de Danilo não teve outra reação que não fosse a de espanto. O lugar era tão grande quanto o palácio da monarquia da Inglaterra. Dessa vez, não haviam empregados nos esperando, não havia ninguém sabendo da nossa chegada. Bom, até que alguém contasse aos meus pais. Descemos do carro no pé da escada, Arthur carregava a namorada adormecida, enquanto dona Vanuza ajudava Baltazar a se manter em pé. Ofereci minha ajuda, mas bastou um olhar da mulher e eu soube que ela ainda estava me odiando. Acho que não é nem pelo fato da vida que eu tenho e sim por causa de todas as mentiras que contamos para eles. Essa era a resposta que eu achei que o Arthur teria, mas agora parece que viramos amigos.

   Depois de subir todos os degraus, abri a porta da frente e adentramos. Pedi para que eles esperassem na sala, enquanto eu procurava por minha mamma. V e Raissa os ajudaram a se situar nessa mansão enorme. Encontrei alguns empregados no caminho, pedi para eles separarem dois quartos de hóspedes com camas de casal e que mandassem preparar algo para meus convidados. Após uma reverência deles, caminhei em direção ao escritório de minha mamma e assim que abri a porta, a encontrei em uma reunião com alguns membros chefes das famílias menores. Alessandro Coppola e Fausto Marchetti. Ambos estavam de terno cinza e se assustaram com a minha chegada repentina. Bastou um olhar de minha mamma, que meus olhos se encheram de lágrimas novamente. Eu não queria chorar na frente daqueles que um dia iriam me ver como líder, mas eu estou desmoronando.

   — Ricardo, o que houve? — Ela se levantou, vindo na minha direção.

   — Levaram ele, mamma.

   — Quem?

   — Sequestraram o Danilo.

   Seus olhos se arregalaram e quase que ao mesmo tempo, seus braços me puxaram para um abraço. Sou bem maior do que minha mamma, mas ali, enquanto aquele abraço durou, eu me senti como se eu tivesse cinco anos de novo e tivesse acabado de acordar de um pesadelo. Ela me reconfortava como podia, dizia palavras que se perdiam na minha cabeça e me abraçava bem forte. Somente depois de vários minutos, eu finalmente voltei a mim. Os pensamentos que tive, as ideias de onde Danilo poderia estar, vieram somente enquanto eu era abraçado por minha mamma.

   — Como isso aconteceu? — Ela perguntou depois que eu estava mais calmo.

   — Foi durante o assalto. Eles sabiam que eu não estava lá, que estaria ocupado com outra coisa. Eu sabia que não devia tê-lo deixado longe de mim, eu tinha uma sensação de que algo não estava bem. Se eu tivesse confiado mais em meus sentimentos, isso jamais teria acontecido.

Meu Mafioso (Romance Gay)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant