15. Tempestade

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🚨 leiam os avisos finais, é importante!!!

"... Eu fiz de tudo mas era tarde
Foi o que eu podia dar você não entendeu
Eu quis ir fundo e você com medo
Tirou onda pois agora quem não quer sou eu..."
- Quem Não Quer Sou Eu, Seu Jorge.

- Sexta-Feira, 15 de Fevereiro de 2024, 17:59 da tarde.

A brisa suave que batia no rosto das garotas levava consigo fragmentos do passados, que estavam sendo questionados e resolvido neste exato momento.

— E depois? Tu foi parar aonde?! — Lane perguntou. Elas estavam falando sobre o passado.

— Ah, voltei pra Contagem, né. Segui a vida. — A mineira respondeu. Ambas estavam esclarecendo o que havia ficado como ponto de interrogação no passado.

— E o Tadeu? Vocês ainda conversam? — Foi a vez de Giovanna questionar.

— Nada. Ele acabou escolhendo com outra... Mas é aquilo né, se meu homem não muda, eu mudo de homem.

— É isso! — Gio respondeu e riram juntas. A morena do cabelão lembrava bem que o namorado de Lane era extremamente ciumento, então meio que ficou feliz por saber que ela tinha largado ele.

Entre risadas e trocas de olhares, Alane conseguia lembrar de todos os momentos que passaram juntas. O cheiro da pipoca vinda do vendedor a trazia lembranças de um passado que, graças à Giovanna, não tinha sido tão ruim.

Ela se lembrava bem. Era uma tarde de terça-feira, estava deitada na rede da varanda de sua casa em Belém do Pará apenas apreciando a vista, quando surgiu uma morena que melhorou a paisagem dez vezes mais.

Flashback on

— Tá olhando pra mim por que? Quer me dar um beijo?! — A garota brincou, percebendo seu sotaque, Alane deduziu que ela não era paraense.

— E se eu quiser?

— Serião? Cê tem mó carinha de hétero.

— Talvez eu seja, talvez não. Ser ou não ser? Eis a questão. — Agora foi a vez de Lane brincar.

— Talvez você tenha que descobrir... — Giovanna se aproximou da varanda enquanto a paraense foi se levantando da rede para ficar mais próxima da garota.

— Me da seu número, quem sabe a gente não sai algum dia desses! — A mineira esticou o celular para a garota, que digitou na tela e devolveu o aparelho.

— Prazer, Giovanna!

— Alane! — Assim que se apresentaram, se cumprimentaram com um aperto de mão.

Após a troca de telefones, Gio continuou sua corrida diária, enquanto Alane suspirava, sentindo a confusão dentro de si crescer cada vez mais.

E se ela gostasse mesmo de garotas também? Seria o fim do mundo para sua família extremamente religiosa e conservadora.

Passou o resto da tarde pensando naquele ocorrido. Sua mente pré-adulta ainda não sabia lidar com tudo, como ela achava que sabia.

Flor do Cais • FerlaneWhere stories live. Discover now