7. Verdades

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"5 da manhã e eu pensando naquele seu beijo
5 da manhã vi que tá na minha roupa seu cheiro..."
- 5 da manhã, Djonga.

- Domingo, 11 de Fevereiro de 2024, 01:23 da manhã.

Apesar de estar no fumódromo, Fernanda não estava fumando. Ela apenas queria um lugar onde tivesse vento o suficiente para poder inspirar e expirar a vontade, afim de se acalmar.

A garota sentia alguém estava lhe olhando de dentro da casa de show, ja imaginara que seria, porém, ela não queria olhar de volta. Não agora.

A leve ventania que estava naquela noite era uma brisa fresca e suave, diferente das madrugadas anteriores, que eram meio quentes e abafadas, sem muito vento.

— Nanda, me desculpa, eu não queria ter dito aquilo... — Lane chegou perto da carioca, que a ignorava, bebendo sua bebida.

— Sim Alane, você quis. E eu não te culpo por isso, cê tava certa, cê não tem nada haver com essa merda toda porque tu não sabe de porra nenhuma. Pronto. — A mais baixa esbravejou, se virando para a outra garota.

— Calma, por que tu tá assim? Eu só beijei ele, não dei meu cu ou coisa so tipo. Foi mal, não sabia que era seu ex. — A paraense tentou fazer uma piada para amenizar o clima, mas a feição de Fernanda continuara séria.

— Porra, não é questão de ser meu ex ou não, cacete! Eu tô pouco me fudendo pra quem você pega ou deixa de pegar. A questão é que, o Nizam não é flor que se cheire, garota! Ele não é essa imagem de bom moço que passa. — Nanda explicou.

— Caralho Fernanda, do jeito que cê fala até parece que ele é um ser humano horrível. Não deve ser para tanto, dá uma segurada aí! — Lane defendeu o homem.

— Escuta aqui, bonequinha. Eu tô te falando isso porque eu sei que aquele ali é cobra criada, abre teu olho cacete! — Ela rebateu, recebendo uma cara feia da outra garota.

— Então tá, Alane. Se joga mesmo
nos braços dele, vai! Depois não diga que eu não avisei! — Fernanda gritou quando viu que a garota saiu andando de volta pra boate.

Ela não sabia no que estava se metendo. Ela não sabia do que Nizam era capaz.

— Amiga, cê tá uma gata! — Ao voltar para a pista de dança, Yasmin estava lá. Então logo a paraense se juntou a ela.

— Ai amiga, sei lá, acho que te amo! — Obviamente, Lane estava bêbada demais para falar aquilo seriamente. Após a pequena discussão com Nanda, ela pegou alguns drinks carregados com álcool. Não seria aquele momento ruim que estragaria a noite da morena.

— Lane, me dá uma chance! Um beijinho só! — A Brunet se tirou nos braços da outra, a fazendo ficar sem reação.

— Que isso Yas, tá maluca? Tu tá com a Isabelle, cara! — E, nesse mesmo momento, a cunhã apareceu, procurando pela loira.

— Isa! — Yasmin comemorou, dessa vez se jogando nos braços dela.

— Ok, já deu de bebida por hoje. Vamos ali beber uma água. — Ela falou e a carioca apenas revirou o olho, a acompanhando.

Após ficar sozinha na pista de dança, Lane avistou suas amigas próximas ao banheiro, havia passado a noite toda longe delas.

Flor do Cais • FerlaneWhere stories live. Discover now