8. Cupcake

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"...Eu só espero que não venha mais ninguém
Aí eu tenho você só pra mim
Roubo o teu sono
Quero o teu tudo
Se mais alguém, vier não vou notar..."
- Mais ninguém, Banda do Mar.

- Domingo, 11 de Fevereiro de 2024, 7:56 da manhã.

Ao sentir o sol bater em seu rosto, Alane, mesmo que sonolenta, resolveu levantar para realizar sua rotina matinal, como de costume.

A garota abrira os olhos e estranhou, as paredes se seu quarto não eram assim. Aos pouco foi se recordando dos acontecimentos da madrugada, e só então se lembrou de ter dormido no quarto de Fernanda. Uau, o lugar tinha exatamente a mesma energia que ela. Principalmente o abajur cor de carne que possuía ao lado da cama.

Por não estar em sua casa, Lane não se daria o luxo de dormir mais. Não queria parecer folgada. Logo tratou de levantar e procurar suas roupas.

Entrou no banheiro de Nanda e reparou em todos os detalhes que não reparara na noite anterior, todas as pinturas da parede, todos os cosméticos, e até mesmo seu perfume do dia a dia.

Ao retornar para o quarto, a porta se abriu.

— Ei Nanda, vou ao mercado, o que tu quer? — Pitel questionou.

Ao ver que a carioca não se encontrava na cama, a cacheada deu um pulo.

— Eitcha... Ah! Bom dia, Alana! — Ela cumprimentou a paraense, que sorriu de leve. Droga, por que ninguém acertava seu nome? Não é difícil!

— Bom dia, Pitel! Dormiu bem? — A morena perguntou, enquanto pegava seus saltos embaixo da cama.

— Sim sim, tu viu Fernanda? Achei que ela estivesse aqui contigo.

— Na verdade, acho que ela dormiu no quarto de visitas.

— Oxente, por que ela não dormiu aqui com tu?! — Giovanna questionou, indignada, com as mãos na cintura e uma das sobrancelhas arqueadas.

— Não sei, acho que ela não estava confortável. Pode ter sido vergonha ou... ah, sei lá. — Lane tentou explicar o inexplicável.

— Vergonha de cu é rola, diacho! Enfim, fique a vontade mana, jazin eu tô de volta. — A cacheada falou, saindo da porta do quarto.

Depois de juntar todas as suas roupas e ter socado tudo dentro da bolsa que levara para o Club 177, Alane decidiu que iria para casa, ela não queria parecer uma encostada relaxada. Ja havia dormido lá, estava ótimo.

Depois de sair do quarto de Fernanda, ela foi procurar a mesma para se despedir.

Ao abrir uma porta no final do corredor, viu a carioca dormindo agarrada com um travesseiro, toda entortada na cama. Soltou uma risada com a cena em sua frente.

Para não acorda-la, a paraense apenas foi até ela e depositou um beijo de agradecimento em sua bochecha, que, mesmo dormindo, sorriu com essa ação.

E então, a morena pediu um uber e foi para sua casa. Com certeza ela dormiria mais quando chegasse.

Assim que chegou, resolveu arrumar logo tudo que estava desarrumado para que não tivesse que lidar com isso ao acordar.

Entre uma roupa e outra que a garota colocava na roupa suja, um pequeno papel caiu de sua bolsa, então ela pegou e abriu para ver o que estava escrito.

Flor do Cais • FerlaneWhere stories live. Discover now