Respirei fundo e me segurei para não falar nada. Não quero estragar tudo.
─ Adorei conversar com você ontem de madrugada, até dormi melhor. – ela piscou para ele.
Ele revirou os olhos e ela foi embora, rindo.
E de repente, eu não tinha mais tanta vontade de ficar grudada com ele como estava. Me sentei de volta. Me levantei e decidi sair dali.
─ Ei, onde você vai? – Victor perguntou.
─ Eu já volto. – eu disse.
Saí sem rumo nenhum e decidi ir no banheiro. Andei um pouco e logo cheguei, me deparando comigo mesma no espelho. Eu estava com uma cara de pura chateação.
─ Oi, Bárbara. – porque ela sempre precisa estar aqui?
─ Oi, Suellen. – eu respondi, tentando ser educada.
─ Sabe, ontem eu liguei para o Victor e ficamos até quase 2 da manhã conversando... – ela disse.
Não tinha nem como eu jogar na cara dela que era mentira, porque eu não sabia.
─ Legal, fico feliz que são amigos. – eu disse.
─ É, somos muito amigos. – ela sorriu.
─ Legal. – respondi.
─ Bom, vou indo. Até mais, corninha. – ela sussurrou a última parte, mas eu ouvi.
Ok, é a primeira vez que isso acontece no meu relacionamento. Quem ela acha que é para me chamar de corna?
O pior, era que eu já não sabia mais o que pensar. Decidi por fim, não pensar. Subi as escadas da escola até chegar na biblioteca. Fui até um puff que tinha e me sentei. Era não macio e relaxante ficar ali. Tinha uma tomada do lado, então coloquei meu celular para carregar. Quando ele ligou de novo, conectei meus fones e deixei minha playlist tocando. Fechei os olhos e tentei não pensar.
E enquanto a música tocava, eu senti uma lágrima escorrendo. Era novo aquilo pra mim, nunca senti tanta insegurança em relação a uma menina igual sentia em relação a Suellen e Victor. Primeiro que ela ainda tinha cadastro na portaria do condomínio dele, então podia ir lá quando quisesse, segundo que eu não sentia que Victor a brecava tanto quanto ele brecava outras meninas que já fizeram a mesma coisa.
Vi que alguém se sentou do meu lado e eu vi Victor ali, com uma cara de preocupação e quieto. Desviei o olhar de seu rosto e fiquei quieta. Não tirei os fones, não queria conversar. Só que ele queria, então tirou os meus fones de mim e os guardou.
─ Ei, o que aconteceu? Você sumiu do nada. – ele perguntou.
─ Você deve ter uma ideia. – respondi.
─ Anjo, a Suellen é só... – ele tentou falar.
─ Olha, eu realmente não quero conversar sobre isso, tá? – respondi.
─ Só que se a gente não conversar sobre, nunca vamos resolver. – ele disse. – Me fala, o que te incomodou?
─ Sério que você ainda pergunta? Não tá obvio? – perguntei.
─ Ontem ela me ligou e já era meia noite e meia, não estava nem pensando direito... Eu só abaixei o volume do telefone e deixei ela falando sozinha. Não conversei sobre nada com ela.
─ Não é só a ligação, Victor. Sabe, talvez seja só o meu ciúme ou as minhas inseguranças falando mais alto, mas eu não sinto que você breca ela. Já passamos por essas coisas várias vezes e eu nunca vi você dar tanta liberdade para uma garota como ela. Ela te liga, fica atrás de você e você simplismente aceita, não investe, mas não busca parar com isso. – eu disse. – E tem mais: ela é sua ex.
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𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳
Romansa𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬 ▬☁ 𝖿𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼𝗍𝗂𝗈𝗇 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋. 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗶𝗻𝗴 𝘁𝗵𝗲 𝘄𝗼𝗿𝘀𝘁 𝗼𝗳 𝗺𝗲 ✍️ ⨳▬ 𝐒𝐘𝐍𝐎𝐏𝐒𝐈𝐒 ▬⨳ 𝐎𝐍𝐃𝐄, Victor Augusto, não era o tipo de pessoa que curtia um romance cli...
Chapter 127 🦋 jealosy
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