𝙿𝚒𝚎𝚝𝚛𝚘

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Não sabia se agradecia, ou se me preocupava a ponto de querer ter tido um fim pela as mãos dos caras do DC mesmo. Afinal não sei quem são esses, nem qual o preço da liberdade que estava obtendo.

_ Caolho, leva o babacão aí lá pra pessoa que mandou nós.

Um dos caras que ainda estava com a touca ninja fala apontando pra outro soldado que só confirma e começa a me empurra em direção a uma Van.

Foram longas e angustiantes horas rondando, já estava zonzo pra caralho só rodando. Acho que esses caralho tavam de gestação comigo. Em momento nenhum dirigiram a palavra a mim, ou se quer perguntaram se tava tudo bem.

_ Desce.

O cara falou assim que parou o carro, na moral já não tinha mais nada a pensar. Fiz o que eles mandaram enquanto me guiavam nem tinha nada em mente. Só me vinha Luiza, meu filho, o desgraçado do Cadu que não sei o paradeiro dele. Então caminho alguns passos, e quando o cara tira minha venda. Ponho o braço no rosto pra me acostumar com a claridade, já que tava esse tempo todo com os olhos fechados. Abro e vejo a mulher loira a minha frente, a mesma estava com alguns homens ao seu redor. E lá estava ela, uma das qual odiei cegamente, e que planejei inúmeras atrocidades contra ela.

_ Pietro, quanto tempo. Eu sinto muito, sinto muito mesmo meu irmão.

Luana estava muito mais velha que eu imaginei, afinal quase 40 na cara já. Me mantive rígido, maxilar travado, e Meti logo uma postura dura, fechada.
Ela da passos em minha direção se aproximando, mais não o suficiente, apenas barrando em minha frente.

_ Eu já soube por alto tudo que aconteceu, tudo que você fez. Eu queria muito poder ter tido o tempo, de encontrar com você bem antes. Você estava o tempo todo praticamente do meu lado. Eu procurei você tantos anos, mais parecia que a Patrícia havia sumido, cavado um buraco e entrado dentro com vocês. Por favor, me dá uma chance de te contar toda a verdade.

PR: Não tem o que contar. Ja sei de toda a história! Mais não foi graças a vocês não. E sim minha mulher que ouviu tudo. Engraçado, tú dizer que procurou tanto por me e meu irmão, e nunca soube nada a nosso respeito. Mais pra me tirar de dentro da favela você conseguiu em dois tempos.

Ela fica desconfortável, muda a direção do olhar. O cara mais velho que estava com ela faz sinal pros outros irem saindo.

_ Não é bem assim. Acha mesmo que eu fui feliz, que eu fiquei em paz todos esses anos? Eu deixei de ter filhos, de construir uma família, por pura culpa. Culpa de não ter sido forte ou ter coragem o suficiente pra te encontrar, saber como vocês estavam. Não é justo você me acusar, eu tinha apenas 20 anos, quando tudo aconteceu Pietro. Como cuidaria de você e do Diogo? Nao é justo você me culpar. E outra, tive ajuda para tirar você da Rocinha. O que não vem ao caso agora.

PR: Onde estou?

Procuro algum reconhecimento, mais era totalmente desconhecido o local. Mais o cheiro da maresia do mar estava forte, estávamos próximo a alguma região praiana.

_ Estamos bem longe de todo o caos do rio de janeiro. Só isso que você precisa saber.

PR: aí, na moral, se vai me fazer refém, faz logo. Se vão me cobrar me cobra logo. Deixa de enrolação. Só não vem agora com o papo de ficar em família. Se forem me deixar ir, me deixa logo cara. Tenho contas a acertar, e preciso ir atrás do meu irmão que está com aquela vagabunda mentirosa. Então manda logo o papo.

_ Você não ver, você está cego, continua consumido pelo o ódio. Quando não é por um, é por outra pessoa. Você nunca vai viver sua vida, você perdeu sua mulher seu filho por pura egoísmo. Pietro, não e tarde pra você recuperar tudo não. Eu sei onde está sua mulher, posso levá-lo ate ela. E voces se permitirem uma nova chance um novo recomeço.

O Lado Feio Do AmorWhere stories live. Discover now