29• 𝙰𝚞𝚛𝚘𝚛𝚊 ♚

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1 Mês Depois

Esse mês foi uma loucura, provas de finais de ano, a pressão da minha mãe para que eu passe de ano. Por conta da troca de escola, e que eu já tinha que escolher uma faculdade a qual eu queria seguir. Pelo amor de Deus, alguem avisa essa mulher que ainda nem terminei o médio, ainda falta um mês até concluir, até lá decido o que quero. Ainda estou em dúvidas, administração, ou direito. Ironia né, ser advogada com um pai, um irmão e amigos bandidos. Mais como diz Rayssa , clientes é o que não irá nos faltar.

PR e eu, bom estamos nos pegando escondidas, ainda não tive coragem de da o próximo passo. Ele as vezes agi estranho, não sei, como se estivesse escondendo algo, mais tem dias que ele está um fofo. Sinto que ele vive se esquivando, acho que medo, por eu ser filha de quem sou, e meu pai esse mês está cada dia mais puto com tudo. Qualquer coisinha é motivo pro homem surtar.

Já ouvi ele contando a mamãe que tinha alguém tentando fuder com os negócios, que ele já tinha perdido uma carga caríssima. E que dias depois soube que alguém entregou umas rotas dele pra os inimigos. Que alguém andou estragando uns pontos de vendas dele. Que ele está furioso com isso. Que a pessoa que está fazendo isso sabe muito dele, e que está tentando jogar meu pai contra os aliados. Incluindo tio Digão, tio Turco. Mais que meu pai não é burro, sabe que é outra pessoa, só não conseguiu saber quem ainda.

_ Aurora, eu estou indo. Qualquer coisa me liga.

Mamãe avisa ao se pôr no pé da porta do meu quarto. Ela estava indo pro plantão dela.

Aurora: Tá bom! Vou pedir alguma coisa pra gente jantar tá mãe? Sei que meu pai não vai chegar cedo.

Alicera: Não vai mesmo não. Ele está cheio de problemas para resolver. Sua tia está vindo ficar com vocês. Beijos te amo.

Abraço ela e beijo seu rosto e ela sai, vou até o quarto dela onde Ravy tava deitado vendo tv.

_ Maninha, faz massagem no meu pé, está doendo.

O folgado pede estendendo o pé pra mim. Me deito e puxo o edredom que ele tava coberto e entro debaixo pegando o pezinho dele.

_ Vamos assitir Five Nights, por favor?

Aurora: Tá, vamos.

Ele só é pequeno, mais ama um filme de terror. Não sei quem esse puxou, amo filmes de romance, comédia. Nem meu pai gosta de filme de terror.

Tia alínea avisou que iria se atrasar um pouco, mais estava chegando. Avisei que ela não precisava vir, afinal meu pai já tinha avisado que estava vindo. Quer dizer, isso meia hora atrás. Mais não ia incomodar minha tia, que estava vindo do trabalho pra cá. Só verifiquei se estava tudo trancado e voltei pro quarto onde Ravy dormia. Me ajeitei do lado dele e dormi também.

Acordei com meu pai me chamando, abro os olhos lentamente e vejo o quarto estava meio claro, a luz vindo do banheiro.

DC: Quer ir pro seu quarto, ou vai dormir aqui mesmo?

Ele estava sussurrando, Ravy tava dormindo. Ele estava cheirando a sabonete, quem tinha tomado banho, mais dava pra sentir o cheiro de álcool também, com certeza bebeu.

Aurora: Eu vou pro meu quarto.

Levanto sentindo meus olhos arder, pesando de sono. Ele beija minha cabeça e saio do quarto e vou pro meu.

...

A semana se arrastou e já era final de semana, dia de baile. Meu pai havia chamado uns Mc's pra tocar, pra animar o clima que andava tenso. Minha mãe estava decidindo se iria, tia Alinea e tia Claíde estavam botando pra ela ir.

Saio da sala de aula e sigo até a saída enquanto Thay me esperava. A vagabunda matou aula e estava na saída me esperando.

Aurora: Eu ando me questionando se você é mesmo lésbica.

_ Quê? Eu nunca disse que era lésbica. Eu sempre deixei claro que era BI, que tanto gosto de homens, como de mulher.

Ela sorrir cinicamente.

Aurora: Você é uma perdida, isso sim.

_ E você doida para se perder. Pensa que não sei, se liga gnomo.

Aurora: Acho que não estou preparada amiga.

Falo e bufo frustada, estávamos chegando no mesmo local de sempre. Era nossa rotina, sair da escola quando um dos nossos pais não iam nos buscar, e voltar pela a praça e comer o açaí sagrado de todos os dias.
Me sento enquanto ela vai pedir nosso lanche. E logo uma mensagem chega no meu celular.

_ Vontade de ir até aí e da um beijinho nesse bico gostoso.

Leio a mensagem do PR, e sorrio na mesma hora. Olho em volta e não o vejo.

_ Não é justo, você me ver e eu não te vejo.

_ Olha pra cima BB, eu tô aqui na tua frente na laje com os menor.

Olho pra onde ele mandou e avisto alguns meninos na laje onde ele falou. Ele acena disfarçadamente e eu sorrio mais aberto ainda. A gente não tem algo definido, porém sempre que dá nos pegamos, no início eu rejeitava, afinal ele é mais velho, e soldado do meu pai. Meu pai do jeito que anda, nos mataria. Porém foi acontecendo, e quando vi já estava entregue no nosso lance.

_ Vem aqui no beco de trás, não vou aguentar te ver e não te tocar.

Sorrio e mando um emoji de olhos semicerrados. Deixo minha mochila na mesa e sigo até onde ele mandou.

Aurora: Que susto.

Solto um gritinho não alto quando ele me agarrou pela a cintura. Me vira encontrando nossos corpos com a parede e nem me deixou falar nada só atacou minha boca em um beijo com desejo, quente. Abro a boca dando passagem pra sua língua que explora cada centímetro da minha boca e suga minha língua, enquanto sua mão percorre a lateral do meu corpo, sinto sua ereção rígida como sempre contra minha barriga, por ele ser mais alto. Me esfrego nele dando entender que também tenho desejos por ele.

_ Não aguento mais bebê. Desculpa, você não merece esse meus modos, mais tu me deixa doido.

Aurora: Não pede desculpas, me faz sua, eu estou pronta.

Nem sei porquê diabos essa frase saiu da minha boca, me condenei mais já tinha saído, e eu quero, quero muito. Ele cela nossos lábios em mais um beijo e finaliza mordiscando.

_ Tem certeza?

Aurora: S... Sim.

_ Vou preparar tudo, tem que ser especial.

Ele fala e me dá um selinho falando que precisa voltar antes que meu irmão que está lá em cima desconfie. Saio correndo pra minha mesa, com o coração acelerado.

O Lado Feio Do AmorWhere stories live. Discover now