23• 𝙰𝚞𝚛𝚘𝚛𝚊 ♚

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Antes mesmo de fechar a porta ouvi minha mãe me chamar.

Alicera: Seu pai está pedindo pra você voltar pra sala.

Aurora: Ele já não me humilhou o suficiente?

Alicera: Agora, por favor.

Ela falou saindo, bufei irritada e me arrastei até a sala novamente. Assim que coloquei os pés novamente na sala Samuel, Rayssa, e Thay novamente.

Eu nem rendi, se ele colocou na cabeça era aquilo mesmo. Minha mãe apenas ficou ali olhando tudo. Ninguém passava por cima das regras do outro e era assim.

Meu pai estava na cozinha, ele tava no telefone, só ouvia ele falando algumas coisas.

Rayssa : O que ele vai fazer? Não deve ser sério. Mais porquê nos chamou de volta?

Disse baixo.

Thay : Sei não. Mais meu pai já mandou tanta mensagem, falou que eu tô fudida nas mãos dele. E a Luana nem está aqui pra me defender.

Samuel : Cala a boca suas fofoqueiras. Isso aqui é por tua causa.

Disse apontando pra mim, eu odeio quando ele me culpa, ou me julga.

Rayssa : cala a boca Samuel, deixa de ser ridículo, baba ovo do teu pai. Que culpa tem a menina de quase ter sido abusada ridículo.

Disse fazendo ele bufar irritado. Na hora meu pai saiu da cozinha e os cochichos foram embora e geral ficou sério.

Samuel: Pai, eu não pensei...

Ele parou de falar assim que meu pai mandou ele calar a boca.

DC : Eu disse que não ia passar pano. Eu vou cobrar vacilo. Não vou deixar isso passar não. Eu faria o mesmo se fosse contigo ou com qualquer uma dessas arrombadas.
Só quero proteger minha família, já passei perrengue demais pra entregar minha familia assim, de bandeja. Cês tem noção quem é esse caralho de policialzinho de merda? Ele é filho de um ex comandante do bope que eu matei quando cês era a porra de umas criança inocente.

Fico sem entender, mais não era difícil imaginar o que ele queria dizer com o que acontece. Afinal ele não é alguém que faz amizades.

DC: Tu vai ficar um mês fora de tudo. Vai me dá a chave da moto, vai ficar na perna.

Samuel : O que? Mais porquê eu tenho que pagar por um erro que não é meu?

Dc: Deveria ter pensando nisso antes de deixar três retardadas da perdido ne tú, ficar comendo porra de mulher enquanto as três te passava a perna.

Thay: Mais tio, isso é injusto com ele, a culpa foi nossa. Nós que fugimos pra dá perdido. Só queríamos nos divertir.

DC : É? Foi diversão purinha né, sabendo que eles conheceram vocês na hora.
Já pensou nisso? Tú acha que nessa vida alguém coloca pano pra familia? Pensa que eles vão se envolver sem maldade de nada. Ainda mais sendo que ele só queria vingança.

DC: As três Apartir de hoje a ordem é uma só, vão estudar na escola aqui da favela mesmo.

Rayssa: O que, como assim? Mais o Sr não pode decidir por nós. Quendo decide isso é meu pai, e minha mãe.

DC: E tú acha que eles tão legal com tú também? Acha que eles já não tá sabendo das coisa?

Aurora : Mais Foi eu, Na verdade, eu puxei as meninas pra irem lá pra boate. Elas nem queriam ir. Não acho justo elas pagarem por mim. Ou o Samuel ficar sem os negócios dele por minha causa.

Alicera: Acho que de todos, o único não tão culpado. É o Samuel, porém não vou interferir nas ordens do teu pai. Sei que ambos aqui não tem culpa de serem filhos de quem são. Mais todos sabem aqui que os pais de vocês não são nenhum santo. E você acabam pagando por isso! Sinto muito Aurora, mais essa é a ordem final. Vão estudar na escola do morro mesmo, até porque tem um ensino muito amplo. E por enquanto saidinhas pro asfalto, está totalmente proibido.

Minha mãe se pronunciou pela a primeira vez. As meninas ficaram caladas, não falaram nada, eu queria muito pedir perdão por tudo a elas. Eu sei que é totalmente culpa minha por isso.

DC: Agora mete o pé os três daqui.

Ele falou com os meninos, e eles foram saindo sem falar nada. Sei que elas não estão nada bem com essa história!

Aurora: Posso ir pro meu quarto, ou ainda vou ter que ouvir?

DC: Não testa minha paciência aurora. Eu fui bem de boa com tú.

Aurora: Muito mesmo pai. Me chamou de puta, de tudo que é nome na frente de geral. Muito de boas! Sendo que eu só fiz bobeiras como qualquer adolescente. Lamento ser o desgosto da família.

Falei sentindo meus olhos ardendo, mordi minha bochecha com força. Não iria chorar na frente deles. Ele não falou nada, só mudou o olhar de direção me dando permissão pra sair.

Entrei no meu quarto e tranquei a porta e me joguei na cama. Como fui burra a ponto de acreditar cegamente na porra de um play boy riquinho de merda. Era de se esperar alguma coisa ruim vindo dali. Mas a ponto de ser usada, quase abusada por uma simples vingança.

...

Passei o restante do dia no quarto, fique vendo um programa qualquer na TV. Afinal estou sem celular, não tenho muito o que fazer. Minha mãe nem meu pai se quer deram as caras, falaram mais alguma coisa pra mim. Ouvi a porta sendo destrancada, levantei a cabeça um pouco vendo tia Claíde entrar. Fazia dias que não a via.

_ Que depressão é essa meu amor?

Ela falou chegando próximo a cama e sentou mexendo no meu cabelo. Ela se deitou do meu lado me dando um beijo na minha cabeça.

Aurora: Minha mãe já contou pra Sra?

_ Nem deixei ela falar nada. Já mandei ela calar a boca dela e pronto. Teu pai aquele macaco velho é um sem noção ridículo. Mais não vamos xingar esse ridículo não. Olha aqui o que a titia trouxe.

Ela me entrega uma caixa de chocolates e volta a ficar deitada comigo.

Aurora: Poxa tia. Ele me humilhou, falou como se eu fosse uma puta dessas que vive nos becos se agarrando com os caras, ele não sabe o quanto me senti péssima. Não esperava ouvir isso dele, meu pai sempre foi o meu príncipe encantado.

_ Aquilo ali tá mais pra sapo, ogro, monstro, dragão.

Ela comentou e eu acabei rindo sem ânimo.

_ Mais sem brincadeira filha. Tenta entender ele bebê. Ele tem medo, medo de algo de ruim aconteça com você, seu irmão e as meninas. DC carrega um peso muito grande. Isso é um dos pesos de ser quem ele é. Seu pai já perdeu muito, ele é esse bichão todo, mais o ponto fraco dele é você, sua mãe seus irmãos. E até mesmo os amigos fechamento dele. Não justifica ele ter sido um ridículo sem noção. Mais só tenta enteder meu amor. Não dou um mês pra ele ta mandando vocês de volta pra escola do asfalto.

Ela ficou comigo um pouco e disse que já ia, que piranha não pode ficar muito tempo parada. Conversou comigo bastante me contando algumas coisas e foi embora me deixando sozinha novamente. Já estava chegando a noite, tomei um banho e me enfiei na cama novamente, e comi os chocolates que ela me trouxe, e me arrumei pra dormir.

O Lado Feio Do AmorWhere stories live. Discover now