✞ Capítulo 47: "Um Gênio."

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— Como era a relação com seus pais na sua infância?

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— Como era a relação com seus pais na sua infância?

— Sou órfão.

— Eu sinto muito, Mello. — Disse com compaixão.

— Tudo bem.
“Merda. Talvez não esteja tão bem”

— Mas você se lembra de algo sobre eles, a convivência?

— Muito pouco.

— Do que se lembra?

— Lembro que o meu pai era um grande filha da… — Mello hesitou ao perceber o que diria para uma terapeuta.

— Você pode se sentir livre para dizer o que pensa. A terapia é para te ajudar e não te reprimir. Se tem vontade de xingar o seu pai, o xingue.

“Por essa, eu não esperava…”

Mello assentiu. — Do que se lembra da sua mãe?

— Ela não era ruim. Eu gostava dela. Era carinhosa, mas…

— Mas…? — O incentivou.

— Não estou afim de falar sobre isso.

— Tudo bem. Tudo no seu tempo. Estamos caminhando muito bem para uma segunda sessão.

— Se você diz…

A terapeuta sorriu. — Por quê não me fala um pouco sobre sua vida amorosa?

— Vou me casar.

— Isso é maravilhoso. — Sorriu largamente — Como ela se chama?

— S/n.

— Me conte um pouco de como é sua relação com S/n.

— Nos damos muito bem. Foi ela quem me obrigou a vir falar com você.

A terapeuta sorria. — Isso é ótimo. Significa que ela se importa e muito com você.

— É, ela é incrível.

— Como a conheceu?

— No orfanato em que vivi.

— Uau. Então se conhecem desde crianças. Um amor de infância?

— É, quase isso.

— Por quê “quase isso”?

— Não fui muito com a cara dela no início.

— Por quê?

— Era meiga demais.

— E isso era um problema pra você?

— Talvez.

— Por quê?

“Porque eu gostava e isso mexia comigo”
— Talvez porque eu era e sou o oposto dela.

— Ser o oposto dela, te incomoda?

Anjo Caído (Imagine Mello) +18Where stories live. Discover now