Prince - Jeongchan

⚜️25

[P.O.V Autora]

Mesmo após ter saído de seu banho calmante e estar vestido com uma calça preta comum e uma blusa de botões branca, uma certa questão ainda rodava sua mente: Quem diabos era sua mãe? Aonde estava estava? Estaria viva? Porque não cuidou dele? Claro, se não era filho de Cristal, ele deveria ter sido concebido por uma plebeia, visto que seu pai só se casou uma vez na vida, mas teve incontáveis amantes. Ao tentar juntar as peças de sua vida, Christopher só se perdia mais, não achava ninguém que fosse compatível com sua mãe, bom, pelo menos ninguém que parecesse ser sua mãe, pois não sabia as características físicas desta, então o mistério continuava lhe perturbando.

─ Pensando no que, amor?

A voz suave de Jeongin lhe chamou a atenção de imediato, era bom ver que aos poucos a voz dele tomava mais força enquanto a hipotermia se dispensava. O Yang fazia um elaborado "mini-rabo-de-cavalo", que consistia em deixar parte do cabelo solto atrás e outra parte presa em cima, e com os cabelos loiros maiores que antes, era fácil fazer tal penteado. O porque de Jeongin querer fazer isto? Bom, qualquer coisa que pudesse deixá-lo mais colado em Christopher era bem-vinda, e o maior nunca recusaria curtir o tempo à sós com ele.

─ Sabe Innie, depois de tudo que passamos, acho que minha mente finalmente parou para pensar na peça que falta neste quebra-cabeça delicado. Quem é minha verdadeira mãe. ─ Jeongin parou repentinamente o penteado, a palavra mãe agora tinha dois significados para ele: Primeiro, sua falecida mãe; Segundo, aquele monstro que um dia Christopher chamou de mãe. ─ É doloroso lembrar de tudo que eu e Cristal vivemos desde minha infância. Não quero estás lembranças, não depois de saber quem ela é de verdade. Penso se a minha mãe biológica me deixou porque quis ou porque foi obrigada. E se todas as idas aos parques fossem com ela? Se todas as minhas risadas fossem com ela? Eu estaria em um lugar diferente agora, é certeza. Então estou pensando muito nisso.

─ Você tem todo direito de saber quem é sua mãe e do porque ela não cuidou de você. ─ Concordou o menor. ─ Sendo assim, eu vou te ajudar à achar sua mãe, Channie, nem que seja preciso olhar documentos se desintegrando! ─ O Bang riu da exclamação do Yang. ─ Quando toda essa confusão acabar e nós pudermos andar livremente por aí, nós vamos acha-lá, eu prometo.

─ Vai mesmo querer entrar em outra aventura por registros históricos comigo? Da última vez, lemos coisas que nos colocaram aqui. ─ Gesticulou para o ambiente que estavam: Refugiados fora de seus reinos. ─

─ Nos colocou aqui e nos abriu a mente. Então, procurar sua mãe só vai nos abrir mais a mente, nem que nos leve à caminhos obscuros.

─ Você está certo, anjo, eu só espero não me meter em mais confusões procurando sobre ela. ─ Comentou com um risinho, que o menor percebeu com facilidade que era falso. ─

─ Você não vai se meter um confusões, Channie. Se ela gerou um filho de coração tão bom, ela não deve ser diferente, aposto que tem um coração de ouro como o seu.

Após sua conversa com o namorado, Christopher se sentiu mais leve, como se um peso tivesse sido tirado de suas costas após dissipar toda aquela preocupação misturada com confusão em relação à sua mãe. Poderia ser complicado achar informações sobre ela, afinal, o que um rei não faria para sumir com tudo o que pudesse estar ligado à uma amante secreta? No entanto, isso não desanimava os jovens, em algum lugar, a mãe de Christopher lhe esperava, talvez pensando que este estava morto ou até mesmo preso no castelo, mas ela estava esperando.

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Em torno de uma hora mais tarde, Jinni bateu à porta dos príncipes e os encontrou abraçados na espaçosa cama, enrolados embaixo de cobertores grossos de novo, Christopher não sentia todo esse calor, porém com a melhora gradativa de Jeongin, ele não iria vacilar em nenhum momento. A jovem de cabelos peculiarmente rosados (Coisa que os jovens com certeza iriam questionar depois) os conduziu para seu esperado jantar. Eles chegaram num grande salão com uma mesa repleta de cadeiras de estofado marrom, nelas partes de seus conhecidos já se sentavam: Todos os Conselheiros estavam presentes, desta vez, mais simples, usando roupas casuais do cotidiano; Chaewon e Nako conversavam animadamente enquanto aguardavam o resto do grupo, que não demorou à chegar e se juntar às garotas e aos príncipes.

O cheiro de comida recém-feita atiçou o olfato de todos os refugiados, que à tempos não comiam uma comida realmente saborosa. Carnes de bovinos e suínos eram servidas defumadas, junto com aves e peixes em menores quantidades; Legumes e vegetais eram abundantes; E molhos variados também faziam parte do banquete; Para finalizar, um vinho local era servido nas taças de vidro. Aos poucos, todos se serviram de porções generosas e de aparência apetitosa, pegaram um pouco de tudo, e os Conselheiros pareciam mais que satisfeitos em ver seus convidados bem servidos. O jantar seguiu em um silêncio confortável, com algumas conversas paralelas, tudo num clima muito leve e divertido. Ao final, a Conselheira Mina se levantou cheia de graça, ousariam dizer que sua palavra era a de mais peso, porém estava mais que estabelecido que todos tinham poderes iguais no Conselho.

─ Como sei que estão todos cansados e acredito que necessitados de um descanso completo, prefiro conversar com todos após o dia de amanhã sobre nossos planos. ─ Começou Mina, encarando todos os presentes. ─ A senhora Jena já nos ajudou muito e já tivemos uma idéia sobre como chegar até Cristal, mas vamos discutir sobre isso quando estiverem dispostos.

─ Se me permite, senhorita Mina. ─ Christopher coçou a garganta para falar. ─ Poderia nos dar uma prévia sobre como pretende chegar à Cristal?

─ Bom... ─ Mina sorriu para Jena e recebeu um aceno positivo, se voltando para o príncipe novamente. ─ Nós já temos a abertura, o Reino Bang está quebrado.

Continua...