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[P.O.V Autora]

Andando pelos corredores bem decorados do prédio do Conselho, o grupo de refugiados já estavam sendo guiados até seus quartos temporários, exceto por Jena e Eunbi, que acabaram ficando na sala do Conselho para discutirem sobre o tanto de investimentos que o Heaven poderia dar-lhes, como poderiam destronar Cristal e outros assuntos que exigiam atenção especial. Enquanto as duas mulheres mais velhas resolviam toda a parte burocrática, Seungmin, Nako, Chaewon, Chrisropher e Jeongin eram guiados por três funcionários do local, os quais iriam deixar cada um em seu devido quarto e estar à disposição para ajudá-los com o necessário.

Nako e Chaewon foram para um quarto no início do corredor que entraram, ficando juntas neste e recebendo os cuidados de um jovem rapaz pálido de cabelos ruivos. Seungmin optou por ficar sozinho em um quarto, gostava da privacidade e não tinha muita nas Terras de Delphie, já que vivia com Jena e outras pessoas que mais tarde seriam apresentadas ao Yang e ao Bang... Por falar no casal, eles estavam radiantes de felicidade quando o pedido para ficarem juntos num quarto foi facilmente aceito pela funcionária loira que os guiava, que os levou até um dos quartos após o do Kim, abrindo a porta para estes.

Ao entrarem, puderam ver que não eram quartos cheios do luxo do palácio, porém o local não deixava à desejar: Uma cama de casal espaçosa e aparentemente muito confortável, uma decoração mais rústica, tendo algo como um toque medieval puxado para tons vinhos, uma lareira com um sofá e um tapete à frente, e por fim, um banheiro de tamanho suficiente para eles. Agradecidos, se curvaram na frente da mulher e apenas pediram ajuda para acender a lareira, já que tentariam aquecer melhor o corpo gelado de Jeongin.

─ O jantar será servido mais tarde, porém se precisarem de algo, podem vir a minha procura. ─ Disse a loira após acender a lareira sem pestanejar, exibindo um sorriso simpático ao fim de sua fala. ─

─ Muito obrigado, senhora...? ─ Chris percebeu que não tinha a mínima idéia do nome dela. ─

─ Jinni, qualquer coisa, estarei na última sala deste corredor junto com outros funcionários!

Jinni saiu do quarto para deixar os jovens em sua privacidade, instaurando um silêncio estranho por um momento. Jeongin não sabia bem o que dizer, e Christopher muito menos, e de novo, não precisaram de palavras. Ao se encararem, ambos sorriram de forma cansada, mas aliviados por terem o estresse de todos os últimos acontecimentos reduzidos.

─ Sente ali, querido, vou pegar um cobertor para nós e assim poderemos conversar melhor.

O Bang apontou para o sofá, e antes de ir pegar uma coberta em cima da cama, deixou um selar na testa do mais novo, causando um suspiro apaixonado neste. Yang se sentou com calma no sofá, apreciando o calor que a lareira disponibilizava, sentindo o frio de seu corpo diminuir momentaneamente. Chris voltou num piscar de olhos, passando o cobertor pelas costas de Jeongin e pelas suas quando se sentou ao lado deste, o abraçando lateralmente.

─ Eu acho que já te disse isso, mas eu estou tão feliz de poder sentir você perto de mim de novo... Foram dias tão ruins afastado de você. ─ Christopher entrelaçou seus dedos com os do Yang e apertou fortemente seus olhos, com a imagem do menor à beira da morte naquele córrego. Só a lembrança o fazia querer chorar. ─

─ Eu também estou muito feliz, mais do que você pode imaginar, meu amor. ─ Jeongin percebeu rapidamente que o príncipe segurava o choro, então colocou sua mão livre sobre a bochecha deste e acariciou o local. ─ Mas agora está tudo bem, não está?

─ Ainda não Innie... Olhe o seu estado, está com hipotermia e com machucados horríveis pelo corpo, isso não teria acontecido se eu não tivesse confrontado Cristal... Meu Deus, me perdoe por favor. ─ Ah aqueles olhos lacrimejando foram a gota d'água para Jeongin não se conter mais e derramar suas lágrimas também. ─

─ Channie, não foi sua culpa, por favor pare de se culpar. ─ Pediu com a voz embargada pelo choro. ─ Era algo necessário enfrentar ela, agora sabemos que ela não é uma pessoa de bem e que podemos tirar ela da Coroa, coisas ruins acontecem para abrir nossos olhos, por mais que não queiramos. Está tudo bem agora, não está? ─ Perguntou sorrindo para confortar o Bang chorão. ─

─ Mas você quase morreu e--

─ Quase morri. Estou vivo, na sua frente Channie, e vou provar que estou bem aqui.

Jeongin aproximou-se com cautela do príncipe Bang, não querendo assustar ele com atitudes rápidas demais, mas, por Deus, ele sentia tanta falta de Christopher e seus lábios doces. O Yang só faltou ter um colapso quando Chris o aproximou puxando pela cintura, sem malícia, apenas numa forma de demonstrar que também estava cheio de saudades de seus beijos e todo o seu ser. Com uma necessidade extrema, os lábios se encontraram de forma sutilmente rápida e deveras carinhosa. O mais velho não perdia tempo em aproximar Jeongin até que este estivesse sentado em suas coxas, novamente, sem malícia em seus atos, precisavam de todo o carinho possível um do outro, teriam outras oportunidades para tais atos libidinosos.

As mãos do Yang faziam carinhos nos cabelos loiros e já maiores que antes do Bang, o fazendo rir entre o beijo quando notou que Christopher estava cabeludo e conseguia ser ainda mais belo. O maior finalizou o beijo quando notou a falta de ar do próprio amado, reparando que este tinha o fôlego reduzido devido à hipotermia. Jeongin tinha um sorrisinho bobo que à tempos não esboçava, tão seguro ali perto do amado que se permitiu deitar em cima deste e fechar seus olhos. Toques singelos ocorriam aqui e ali, pequenas carícias cheias de significados, ambos carregavam sorrisos pequenos e suaves, abraçados firmemente um ao outro.

─ Eu te amo, Chan. ─ A declaração pegou o Bang de surpresa. ─ Você é meu porto seguro, sabe? Em todos aqueles dias no calabouço, eu nunca duvidei que você não iria me salvar, eu sabia que você iria me tirar de lá, de um jeito ou de outro. Você já me salvou por muitas vezes, e é minha vez de retribuir. Agora não posso fazer muita coisa, mas quando voltarmos ao Reino Bang, eu vou lutar ao seu lado. ─ Jeongin olhou confiante para o maior, que estava boquiaberto com toda a coragem repentina do menor. ─

─ Innie, sabe que não precisa me retribuir nada, não é? Eu fiz isso porque eu amo demais você, e mesmo se você não me amasse de volta, eu iria te salvar todas as vezes. ─ Disse Chris enquanto analisava os cabelos do mais novo, estavam um pouco acinzentados nas pontas, porém não deixavam a beleza à desejar. ─

─ Eu sei, mas eu vou lutar ao seu lado, já disse, seja para retribuir ou não, eu quero estar lá, te ajudar, te dar apoio. É isso que namorados fazem, não é? ─ A simples citação do nome fez o Bang ficar caído de amores, precisava tanto de momentos como aquele, eram sua serotonina. ─

─ Prometa que não vai fazer bobagem, que vai tomar cuidado. ─ Pediu, segurando nas mãozinhas frias. ─

─ Eu prometo, e você também deve se cuidar!

─ Eu vou tomar cuidado, por você.

Tomados pelo cansaço, encerraram a conversa por ali, com Jeongin no colo de Chritopher enrolados em um cobertor quente à frente da lareira. O Bang não era muito fã de temperaturas altas, porém compreendia que o mais novo precisava ter o corpo aquecido para se recuperar o quanto antes da hipotermia. O príncipe só pode relaxar totalmente quando o Yang dormiu em seus braços, assim o deitando no sofá e se colocando atrás dele para descansar também. Depois de dias em pura agonia e desconforto, estar agarrado com aquele que amava e poder tirar um bom sono era o seu melhor remédio.

─ Eu te amo muito, Innie. Você nunca mais vai passar por maus bocados como este.

Sussurrou perto do último citado, sabendo que este não o ouviria, no entanto, querendo mesmo assim expressar seu amor pelo menor. Christopher não saberia explicar quando o amor forte que sentia por Jeongin surgiu: Não sabia se ele vinha desde que eram pequenos, se vinha desde o dia que o salvou no Reino Yang ou se todo o amor vinha de algo além, de uma vida passada ou de algo destinado, tudo que sabia é que não se importava se havia pouco tempo que tinha total certeza da paixão por Jeongin, a vida é curta demais, um dia estamos saudáveis, no outro estamos beirando à morte, Christopher não perderia o Yang nunca mais, e faria cada minuto valer à pena.

Continua...

Prince - JeongchanDonde viven las historias. Descúbrelo ahora