Prince - Jeongchan

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[P.O.V Autora]

"E lá estava a princesa, trancada no ponto mais alto do castelo"... Já ouviu essa frase em algum livro de contos de fada? Infelizmente era essa a situação de Christopher, a grande diferença era que não tinha um salvador, passava todos os dias dopado e sem qualquer força. Como nem todo mundo era perfeito, as enfermeiras sempre acabavam se atrasando com a dose da droga, lhe dando assim, poucos minutos de lucidez. Aqueles eram seus melhores e seus piores momentos do dia.

Conseguia reorganizar sua mente e continuar à pensar na planta do castelo e sua possível fuga. O Bang deixava tudo em sua mente, o que era extremamente difícil já que os pensamentos geralmente se perdiam quando estava drogado, no entanto, ele dava seu melhor para se lembrar. Era justo naqueles momentos que também queria gritar toda sua raiva para qualquer um. A sensação de estar minimamente consistente era terrível quando ele sabia que seu amado poderia estar morto nesse exato momento. Chris tentava persuadir algumas enfermeiras, procurando informações, porém todas tinham medo da "Rainha Má".

Seria esse o seu destino? Viver com um vazio no coração com a perda de Yang Jeongin?

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Todo seu corpo doía, cada canto se enchia de manchas roxas e avermelhadas; Os cabelos naturalmente loiros começavam a perder a cor, levados junto com os nutrientes de seu organismo, começando à ficar acinzentado; Seu físico se tornava similar a de um esqueleto... Já estava em um estado tão deplorável fisicamente e psicologicamente que Jeongin pensava se deveria acabar com seu sofrimento.

Prometera à si mesmo que iria aguentar firme até conseguir sair dali, que seria forte por Christopher, por seu pai e por sua mãe... Mas a dor era insuportável. Sua rotina era a mesma à cinco dias: Acordar de um péssimo sono, comer o tipo de mingau que lhe davam, sentar-se na cama e esperar alguém vir lhe agredir novamente. Depois acabava deitado no chão e ali adormecia aos prantos. Surpreendentemente, os prisioneiros mal encarados do calabouço lhe olhavam com pena, alguns até tampando os ouvidos para não ouvirem mais dos gritos do Yang. Ninguém aguentava mais toda aquela tortura, era cruel demais para um prisioneiro, seja qual for sua sentença.

O príncipe estava sentado no chão, encostado na cama se recuperando de outra seção de dor. Pela primeira vez em todos aqueles dias, ele não gritou nem protestou. Para ele, nada mais fazia sentido, questionava sua própria existência e analisava o mundo ao seu redor. Pouca esperança restava no fundo do coração de Jeongin, mas era tão pouco que não o impediu de fazer uma grande besteira.

Com muitas pancadas fortes na parede, o sangue escorreu pela lateral da cabeça do Yang e o mesmo caiu no chão, sentindo o mundo ficar menos claro e seus sentidos menos aguçados. Finalmente, um pouco de paz. Pensou antes de tudo à sua vista virar um borrão e sumir. Prisioneiros de celas por perto gritaram por ajuda, atraindo a atenção dos guardas distraídos jogando papo fora.

Os guardas rapidamente chamaram reforços e médicos o quanto antes. Jeongin não poderia ser tratado ali, precisava ser levado ao hospital do castelo, sendo carregado às pressas numa maca simples até a parte de enfermagem do local. Uma breve análise foi feita e concluiu-se que o garoto precisava de uma cirurgia de emergência.

As horas correram dentro da sala de cirurgia e depois de se certificarem que o antigo príncipe estava estável, ele foi levado até um quarto para repousar, aonde foram colocados dois guardas na porta para vigia-lo. Passava-se um longo tempo e os sedativos perdiam o efeito em seu corpo, assim permitindo Jeongin de recuperar a consciência. Sua reação foi de imediatamente tentar se levantar, no entanto, algemas o prendiam firmemente nas barras laterais da cama.

Ouvindo a porta do quarto se abrir, imaginou ser uma médica, um enfermeiro ou qualquer outra pessoa, mas definitivamente não esperava que ela entrasse.

Continua...