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Birthday Tears - Daryl Dixon

Autor: r66dus no Tumblr
Sinopse: o dia do seu aniversário costuma ser ruim, até o seu auto determinado último aniversário chegar

Você riu e Daryl não conseguiu evitar olhar para você ao lado dele, a maneira como seus ombros tremiam e suas maçãs do rosto se erguiam, você torceu o nariz com a ironia.

“O que há de tão engraçado?” ele perguntou. Você estava a quilômetros de distância, caçando com ele enquanto o resto do grupo esperava na estrada, já se passaram meses depois que a fazenda pegou fogo e você ainda não havia encontrado um lar permanente.

Para sua surpresa, Carl disse a todos que era seu aniversário, você pretendia manter isso em segredo porque nunca gostou realmente daquele dia.

“Eu sempre chorei no meu aniversário, você sabe-” você fez um gesto ao seu redor “quando o mundo não estava uma merda. E agora acabou, e este é meu último aniversário e eu sei que é uma merda de se dizer, mas estou feliz, pela primeira vez em muito tempo.”
"O que você quis dizer com 'é o último'?" ele se perguntou, reajustando a corda que prendia o jantar do seu grupo em seu ombro.
“Bem, meu plano era continuar contando os dias até hoje, estar ciente de que é meu aniversário pela última vez e nunca mais pensar nisso. Então, sim, é o meu último”, você admitiu com orgulho.

Chega de lágrimas de aniversário para você, é algo bom guardá-las para algo mais importante, afinal, elas definiram sua humanidade no mundo em que você vive agora.

Ele admirava suas feições, o quão atento você estava ao seu redor o tempo todo e quão confiante você se comportava sem saber, sua honestidade envenenou suas palavras e ele partiu o coração ao ouvir frequentemente o quão pouco você pensava em si mesmo, enquanto ele sabia que você tinha uma opinião tão elevada sobre outros, inferno até ele mesmo.

“Meu pai costumava me criticar por ser tão sensível, talvez ele estivesse certo” você explicou olhando para as lindas árvores altas ao seu redor. Durante o início da caçada, vocês dois compartilharam histórias de aniversários e contaram a ele tudo sobre os aniversários de que mais se lembravam e ele também. Para ele, você era o mais fácil de conversar, ele nunca precisava mentir ou adoçar as coisas, ele gostava muito de você.

“Meu pai fez o mesmo, mas percebi que não havia nada de errado em sentir as coisas um pouco mais profundamente” sua voz era baixa, áspera, mas honesta, havia algum tipo de compreensão nela e como ele evitava olhar para você.

“Mmm, sinto que quanto mais ele dizia isso, mais eu comecei a acreditar subconscientemente nisso, e alguma parte do meu cérebro ainda acredita, então escondo os sentimentos, agora mais do que nunca.”

O mundo em que você vivia era de partir o coração, você poderia perder alguém a qualquer momento e não conseguir evitar.

“Ser muito sensível pode ser minha fraqueza.”
“Eu gostaria que você pudesse se ver do jeito que eu te vejo” você de repente parou de andar e ele percebeu o que havia dito em voz alta. Você inclinou a cabeça para o lado para tentar chamar a atenção dele várias vezes, todas dolorosamente sem sucesso.

"Como você me vê, Dixon?"
Nossa, ele nunca gostou do sobrenome até que você começou a chamá-lo assim, do jeito que seus lábios o cobriram com mel e o misturaram com o que ele esperava que fosse amor. Ele se esforçou para encontrar palavras para explicar isso para você, não quando você olhou para ele daquele jeito. Daryl encolheu os ombros olhando para você e mordendo o interior do lábio, segurou a alça de sua besta impossivelmente mais perto dele. No que ele se meteu?

“Como alguém por quem eu gostaria de aprender a amar” seus olhos brilharam ao perceber. Durante a vigília noturna vocês falaram sobre como nenhum de vocês teve exemplos claros de amor em suas vidas, fazendo com que ambos não soubessem exatamente como amar.

"Você faria isso por mim?"
“Não acho que haja muitas coisas que eu não faria por você.”

O arqueiro analisou sua expressão vazia, o silêncio se estendeu por longos segundos e ele começou a se arrepender de ter acordado naquela manhã. Ele viu uma lágrima molhando sua bochecha, tentou evitar enxugá-la com o polegar, mas não conseguiu, então estendeu a mão. Ele tinha quase certeza de que você havia se inclinado ao toque dele. Antes de ele fazer isso, você não tinha percebido que estava chorando. Isso não era para acontecer dessa maneira.

Você piscou o resto e alguns conseguiram escapar, você enxugou o rosto rapidamente e olhou para ele, antes que pudesse se conter, você o abraçou. Ele nunca soube que poderia desejar tanto algo que nunca teve antes.

“São lágrimas de felicidade” você afirmou em sua pele. Seus braços hesitantes envolveram seu corpo.
"Sim?"
“Mhm” Você se afastou dele apenas o suficiente para poder olhar para ele, sorriu e assentiu. “Eu também gostaria de aprender, para você. Se você está bem com isso”

A expressão em seu rosto era bastante divertida, após alguns segundos de espanto ele percebeu que você estava esperando uma resposta. Ele assentiu rapidamente, mordendo o interior do lábio novamente enquanto você beijava suavemente sua bochecha corada, a primeira de muitas vezes.

O que vocês não sabiam era que vocês dois já haviam descoberto o que era o amor muito antes daquele momento, vocês estavam dispostos a ser vulneráveis, aprender, falhar e mudar um pelo outro. Isso foi amor.