PRÓLOGO

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A chuva caia em torrencial do lado de fora, acompanhada por relâmpagos e trovões capazes de provocar medo em algumas pessoas. A tempestade, que já durava três dias, não dava um minuto de trégua obrigando os residentes de Konoha a evitarem saír de suas casas por causa do alerta emitido de possível furacão.

Estou no momento encolhida na minha cama, em virtude do verdadeiro pânico de tempestades que possuo, e os barulhos emitidos pelos fortes trovões despertam em mim arrepios e uma verdadeira insônia.

Desde que a temporada de furações se deu início no país do fogo, que a minha mente faz questão de me pregar peças atormentado- me ao ponto de causar uma insônia terrível associada a uma crise de enxaqueca que não passa por nada.

_ Mamãe, a senhora já está dormindo? - perguntou Sarada do outro lado da porta do quarto, também atormentada pela tempestade.

_ Oi filha, estou acordada ainda, pode entrar querida.

Sarada então entra no quarto agarrada a seu inseparável ursinho azul que ganhou de Naruto como presente de aniversário.

Rapidamente, abro espaço em minha cama e aceno para que a ela deite ao meu lado, o que a mesma faz instantaneamente sendo recebida pelo meu abraço acolhedor de mãe coruja.

_ O que foi querida, você está com medo dos trovões? - questiono, já sabendo a resposta, tendo em vista que a Sarada também possui o mesmo pânico que eu em relação as tempestades.

_ Sim mamãe, Sarada está com medo - ela responde se aconchegando nos meus braços em busca de proteção - Mamãe, porque o papai não está aqui para proteger a mamãe e a Sarada da tempestade malvada?

Minha dor de cabeça, que já estava terrível, elevou-se a um nível quase insuportável ao ser pega de surpresa pela pergunta da minha filha, contribuindo ainda mais para o forte latejar na minha nuca.

_ Meu amor, a mamãe já te explicou que o papai está em uma missão muito importante que o tio Naruto lhe passou, lembra?

_ Sim, Sarada lembra mamãe, mas ainda assim Sarada queria que o papai tivesse aqui para cuidar dela e da mamãe.

Suas palavras atravessavam meu coração como se fossem o próprio chidore do Sasuke. A minha menina, que nem sequer possui idade suficiente para usar a primeira pessoa do singular ao referir-se a si mesma, e ainda assim já tem experiência suficiente para reconhecer que não é normal a ausência do pai por tanto tempo.

E estava cada vez mais difícil para mim encontrar argumentos suficientes para responder aos questionamentos da Sarada em relação ao pai que não volta nunca da bendita missão dada pelo Hokage.

_ O papai logo logo irá voltar para cuidar da gente meu amor, a mamãe promete.

_ Promete mesmo mamãe? Sarada quer muito ver o papai logo.

_ Sim meu amor, a mamãe promete que logo logo o papai irá voltar para casa.

E com essa promessa que não tenho como cumprir, beijo a cabeça da minha pequenina, e começo a cantar uma canção de ninar na intenção de acalmá-la, enquanto me permito derramar mais uma vez lágrimas de tristeza causadas pela ausência do Sasuke.

E após alguns minutos, Sarada finalmente dorme, então aproveito para levantar e tomar algum remédio na esperança de apaziguar essa enxaqueca que está ficando algo fora de controle.

AINDA HÁ ESPERANÇA PARA A FAMÍLIA UCHIHA?Where stories live. Discover now