Capítulo 50

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Isadora Diniz Cardoso.
05 de Novembro — 08:10
Terça-feira.

   Pus a marmita do Juan na mochila dele e fechei deixando no sofá. Suspirei sentindo minhas costas doerem, apesar dessa gestação ser tranquila em questão de enjoos ou azias, as dores são o que me pegam. Parece que nossa garotinha vai ser mais pesada do que o Samuel, já está sendo na verdade então isso está fazendo as dores aumentarem.

— Já estou atrasado. — Juan apareceu na cozinha ajeitando sua cabeça. — Viu meu celular, amor?

— Carregando na cozinha. — Passei minhas mãos na barriga sentindo a garotinha mexer. — Não quero nem imaginar essas dores durante os próximos meses, estou gorda e meu cabelo está horrível.  — Fiz uma careta manhosa erguendo meus braços, meu marido sorriu me abraçando e cheirou meu pescoço, fazendo meus pelos se arrepiarem.

— Você está a mulher mais linda desse mundo, amor. — Me olhou segurando meu rosto. — Está linda, seu cabelo está lindo e está ainda mais gostosa. Já viu o tamanho da sua bunda e do seus peitos, mulher? — Arregalou os olhos me fazendo gargalhar, sentindo os olhos marejados.

— Só você mesmo, amor. — Funguei coçando os olhos. — Você vai se atrasar. — Funguei novamente, acariciando seu rosto.

— O que acha de ficar com meu cartão e ir lá no salão hoje? — Neguei. — Por que não, amor? Você não reclamou do seu cabelo? Então, vai lá e faz uma hidratação, faz a unha, deixa que o pai banca. — Se gabou, eu sorri abraçando ele como dava.

— E as crianças? Essas coisas demoram.

— Eu falo com o Hiago para buscar eles hoje, tem problema não. — Secou meu rosto. — Você está linda, minha princesa, a grávida mais linda de todas, só estou ajudando você a enxergar isso. — Me deu um selinho, que se transformou em um beijo rápido por ele já estar atrasado. — Eu te amo.

— Eu também te amo, amor. — Sorri ajeitando suas sobrancelhas.

    Juan pegou a carteira do bolso me entregando o cartão, levei meu marido até o portão e ele buzinou saindo disparado com aquela moto.

      Entrei novamente ainda sentindo meus olhos ardendo pelo choro rápido e fui até o banheiro, tomei um banho, coloquei um macaquinho confortável e calçei minha havaiana branca, penteei o cabelo e olhei o relógio no meu pulso, quase na hora da minha sogra sair, hoje ela pega mais tarde lá. 

    Escovei o dente, passei meus produtos no corpo e protetor solar no rosto, peguei minha bolsa e sai de casa trancando tudo, entrei no carro sentindo a nossa garotinha se mexer.

— Você está ficando pesadinha demais, filha. — Passei as mãos em minha barriga sentindo ela chutar. — Será que você vai ser maior que seu irmão quando nasceu?

    Abri o portão da garagem e sai com o carro o fechando novamente, rapidinho cheguei em frente a casa da minha sogra e desci do carro.

— Sogra. — A chamei no portão.

— Oi, já estou indo, filha. — Escutei sua voz, segundos depois ela apareceu com o uniforme do salão e uma escova de cabelo nas mãos. — Bom dia, minhas princesas. — Sorriu beijando minha barriga e rosto. — Está com uma carinha de choro, aconteceu alguma coisa?

— Hormônios. — Sorri mexendo na chave do carro. — Tem horário livre na agenda da senhora? Estou me sentindo horrível e o Juan me deu o cartão para eu ir no salão cuidar do cabelo e da unha.

— Tenho, meu amor, e se não tivesse daria um jeito. — Sorri com sua fala. — Entra, já estou terminando para nós irmos. — Concordei entrando, as gêmeas já haviam ido para a faculdade nesse horário. — Cintia estava mesmo perguntando sobre vocês esses dias, perguntando se estavam todos bem, que você não foi mais no salão.

Amor que curaWhere stories live. Discover now