Capítulo 28

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Juan de Oliveira Cardoso.

30 de julho — 13:55
Domingo.

    Estávamos dando uma volta no shopping, comprei uns doces para as minhas irmãs e estava pensando em ver logo um presente para o Samuca de nove meses, dia 2 já está logo aí.

— Amor. — A chamei, Isadora estava olhando algumas maquiagens em uma loja, tinha escolhido duas coisas já que eu não faço a mínima ideia para que servem.

— Oi. — Me olhou.

— Depois bora lá passar na loja de brinquedo, quero comprar o presente do Samuca.

— Presente do que? — Franziu o cenho.

— Do dia dois, ué, já está logo aí, se eu deixar para depois talvez não consiga tempo para comprar.

— Não precisa de presente, amor, está tudo tão caro, ainda mais no shopping. — Eu neguei abraçando a cintura dela.

— Eu quero dar um presente para ele, baixinha, tem k.o com preço não. — Beijei seu rosto. — Se bobear compro um carro de controle remoto. — Brinquei fazendo ela rir.

— Com a certeza que ele vai quebrar, né? Samuca não tem idade para isso, homem.

— E quem disse que era para ele? A desculpa é essa mas é meu. — Pisquei para ela que riu novamente. Estou aliviado em vê-la assim, animada e sem pensar no que está acontecendo ao redor.

    Isadora comprou as coisas dela de maquiagem e saímos empurrando o carrinho a procura de uma loja de brinquedo. Não venho muito nesse shopping, não sei lugar de nada. Um resmungo no carrinho fez a nossa atenção ir para o Samuel, paramos de andar o olhando, o mesmo estava acordando e começou a chorar.

— Já acordou, filho? — Ela pegou ele no colo. Samuca deu uma soluçada, encarando ao redor ainda meio choroso.

— E aí, papai. — Dei um cheiro nele. Samuel resmungou escondendo o rosto no pescoço da mãe. — Manhoso. — Sorri entregando a chupeta para a Isadora.

— Não quer muito papo. — Isa riu dando a chupeta para ele. — A fralda está cheia.

— Vamos lá trocar então. — Isadora concordou indo na frente. Fui seguindo ela enquanto empurrava o carrinho, assim que chegamos no berçário já demos de cara com o Gustavo e a família dele saindo de lá. — Ih ala, não era tu que não gostava de shopping? — Zoei o mesmo que riu fazendo toque comigo.

— Tenho que fazer as vontades da patroa, né?! — Deu de ombros. Ele cumprimentou a Isadora e eu a mulher dele, apresentando elas e as crianças. — E aí, carinha. — Ele sorriu passando a mão nas costas do Samuel, o pequeno o olhou curioso.

— Acabou de acordar. — Isadora falou olhando para o nosso pivete.

— Essas aqui também. — A mulher do Gustavo falou, passando a mão no cabelo das meninas. Ele tem duas de dois anos e um de seis.

—  É, parceiro, nenhum puxou a você mesmo. — Toquei seus ombros.

— Não te disse? Já falei que vou fazer o quarto filho que aí vai vir minha cara.

— Você não é nem maluco. — A mulher dele o olhou de canto. Eu ri com a Isadora.

— Vai achando que não. — Sorriu recebendo um tapa na nuca. — Ai, Andressa, eu estou brincando, cara.

— Acho bom mesmo, três está de bom tamanho. — Negou. Eu ri achando graça da cara que ele fez.

— Está rindo do que? Tu também não teve  sorte, cara. Teu filho é a cara da mãe. — Isadora me olhou, talvez esperando que eu falasse a verdade mas eu não ia fazer isso, Samuel é meu filho independente de sangue.

Amor que curaWhere stories live. Discover now