Capítulo 37

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Juan de Oliveira Cardoso.

16 de dezembro - 09:21
Sábado.

Consegui a nossa casa, consegui a casa! Pô, cara, eu estou doido com isso, conseguimos o dinheiro para a entrada, vendi umas coisas minhas, fiz horas extras, minha mãe e as meninas me ajudaram pra caraca e eu vou ser sempre grato por tudo que elas fizeram por mim, para eu conseguir comprar a casa.

Foi suado, só Deus sabe como vou pagar o restante mas eu vou, agora eu só quero focar nessa conquista. Tem noção que agora eu tenho uma casa própria? Uma casa para morar com a minha baixinha e nosso pivete? Eu estou pisando em nuvens!

Só vou conseguir pegar a chave dia 22, Marlon vai fazer umas coisas antes de me entregar, ele disse que pelo menos vai capinar e podar um pouco as árvores antes então deixei por ele, vai ser menos um dinheiro. Quero fazer surpresa para a Isadora então vou ter que segurar esse segredo até o dia vinte e quatro, vai ser loucura.

Acabei de assinar os papéis e preciso correr para a casa, me trocar e buscar a Isadora antes de irmos para o sítio, a galera da empresa marcou a festa que eles sempre fazem no final de ano, paguei uma quantia e vai ser churrasco, piscina, alugamos uns brinquedos para as crianças e campo liberado até sete da noite, começou agora às nove mas como eu tinha esse compromisso, vamos mais tarde.

Falei com a baixinha que ia resolver umas coisas da minha mãe e que passava lá as dez, já estou atrasado. Corri para chegar em casa, deixei a moto na garagem e entrei, minha mãe estava andando de um lado para o outro e as meninas sentadas no sofá.

— Ai, graças a Deus. — Me olhou ansiosa. As meninas levantaram também me olhando. — E aí, meu amor, deu certo?

— Agora eu tenho uma casa. — Sorri balançando os papéis, as três gritaram e correram me abraçando.

— Deus é bom, meu amor, orei tanto para você conseguir. — Minha mãe distribuiu beijos pelo meu rosto. — Que Deus abençoe a vida de vocês nessa casa, filho, tenho certeza que vão ser muito felizes nela.

— Amém, mãe. — Sorri agarrando as três. — Obrigado por me ajudarem, se não fosse por vocês eu não conseguiria comprar a casa.

— Não foi nem um por cento do que você fez por nós, Juju, estamos felizes por você. — Bru falou sorrindo.

— Sempre que precisar da gente, vamos estar aqui. — Bia completou.

— Eu amo vocês, pra caraca. — Beijei a cabeça das três. — Está chorando, mãe? — Perguntei.

— Estou feliz por vê-lo conquistar tudo que eu tanto sonhei e orei para você, filho, só Deus sabe o quanto pedi para você formar sua família, conseguir conquistar tudo aquilo que eu não pude dar para vocês, e ver você tão focado, trabalhador, agora com a Isa e o meu neto, eu fico tão feliz. — Sorri sentindo meus olhos arderem, a abracei apertado, deixando um beijo demorado em sua cabeça.

— Ah mãe, tudo que eu sou hoje é pela senhora, pô, a senhora me deu tudo que eu precisava, nunca me faltou nada. — Neguei secando o rosto dela. — A senhora é uma mãezona, a melhor de todas, tenho orgulho de ter sido criado por você.

— Eu te amo tanto, filho. — Ela fungou beijando minha testa. — Todos vocês e a Julinha. — Puxou as meninas para o abraço novamente.

— Falando nisso, cadê ela?

— Dormindo ainda. — Bia respondeu. Concordei.

— Bom, preciso me trocar pois já estou atrasado. Não é para contar para a Isa e nem para ninguém, beleza? É segredo nosso, vou contar dia vinte e quatro.

Amor que curaOnde histórias criam vida. Descubra agora