Capítulo 43

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Ucker: E quando estava debilitado, não foi difícil conseguir um divórcio.

Hakon: Ele está internado em um hospital, onde passará o resto de seus dias. Ele tinha um gordo seguro, que é claro, foi deixado para Ingrid, um último ato de amor do marido. Os dois pegaram esse dinheiro e vieram para o lugar onde havia um jovem Rei, casado há anos, mas ainda sem herdeiros ao trono.

Ucker: Eles presumiram que meu casamento não estava bem, e eu caí como um pato. Que estúpido! - bato os punhos na mesa - Continue a rodar essa conversa. Eu mereço ouvir o quanto fui imbecil.

Ingrid: Faça o que fiz com Anthony. Se a desgraçada morrer aos poucos, ninguém vai desconfiar, já é mesmo uma moribunda cheia de doenças. - a cada palavra, sentia vontade de matar Ingrid com minhas próprias mãos, e também sentia ódio de mim.

Igor: Não vou matar ninguém, Ingrid. Ainda mais alguém tão importante. Pode recair sobre nós, e não passamos tudo para agirmos com estupidez agora. Contente-se em ser a amante do Rei e arranque dele tudo que puder.

Ingrid: Eu quero mais. Christopher é meu, irmão. Imagine quanto poder teremos se eu for a Rainha. E é claro, posso facilmente engravidar e dar um herdeiro à Coroa.

Igor: Seria uma criança ilegítima, uma das princesinhas nojentas teria a coroa assim que se casasse, o marido poderia assumir.

Ingrid: Não se não houvesse princesinhas.

Meu sangue gela. Meu coração parece até parar. Ela planejava usar o irmão para matar Dulce. E matar minhas filhas depois de me convencer a me casar com ela. Ingrid levava a ambição a níveis de loucura. Era doente. Horas e horas de mais gravações e imagens são mostradas a mim. Hakon também descobriu que foram os dois quem armaram para ter aquela foto vazada na imprensa. Tudo era um jogo, um plano sujo no qual eu de bom grado me deixei usar:

Ucker: Como eu fui tolo, Hakon! Como pude ser tão leviano e imprudente? Agindo como uma criança mimada, como se meu pai nunca tivesse me ensinado como me portar! Que vergonha!

Hakon: Todos nós cometemos erros, Majestade.

Ucker: Mas eu não devia errar. Não assim. Não com Dulce. Nem como Rei. Sou uma vergonha como marido, pai, homem e Rei.


Dias depois...

O prognóstico de Dulce não era bom. Todos temiam pela vida da Rainha. Eu só não acreditava que Deus estivesse me punindo porque ele próprio não faria mal a alguém tão boa quanto minha esposa. Por toda Norta, missas, procissões e vigílias eram feitas em homenagem a Rainha tão amada por todos. Diariamente, visitava Dulce como podia, observando-a através de um vidro, entubada, lutando para viver. Sozinho na sala do Trono, eu chorava, sozinho com minha dor:

Astrid: Papai? Posso entrar? - enxugo rapidamente minhas lágrimas.

Ucker: É claro, querida. - ela se aproxima até bem próximo do trono, fazendo breve reverência. - O que posso fazer por você?

Astrid: Vim te ver. Te fazer um pouco de companhia. Posso ficar com você?

Ucker: Não pensaria em companhia melhor, minha flor. Venha. - ela se aproxima, sentando-se no meu joelho.

Astrid: Tenho rezado pela mamãe todos os dias. Zahra também. Espero que logo a possamos ver. E que ela acorde. - As meninas não sabiam da gravidade da situação de Dulce, mas sentiam que a mãe não estava nada bem.

Ucker: Ela ficará, querida. - passamos alguns momentos em silêncio.

Astrid: Papai, posso perguntar uma coisa?

Como DueleWhere stories live. Discover now