Capítulo 12

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Me recusava a olhá-lo ou a falar, mas Christopher quebrou o silêncio:

Ucker: Dulce? Meu amor?

Dul: S-sim?

Ucker: Você ouviu o médico, meu amor? Teremos uma menina.

Dul: E-eu ouvi. - como ainda não o olhava e minha tentativa de não tremer tinha fracassado, Christopher virou meu queixo para que o olhasse.

Ucker: O que foi?

Dul: Você está bravo? - perguntei, com a voz embargada e sentindo os olhos marejarem. Podia culpar os malditos hormônios, mas sabia que era só meu medo naquele momento.

Ucker: Bravo? Por que eu estaria bravo?

Dul: E-eu não sei. Todos os Reis querem um filho homem e... - não consegui nem segurar as lágrimas e comecei a chorar.

Ucker: Ei, ei! Não, meu amor, não chore! Não há porque chorar. Você ouviu o médico, nossa filha está perfeitamente bem, saudável. Não há com o que se preocupar.

Dul: Mas eu... é que não vamos ter um herdeiro e...

Ucker: Dul, não diga algo assim. Isso não importa em nada! Tudo que importa para mim é que você e a bebê estejam bem. - ele usava os polegares para secar minhas lágrimas.

Dul: Então não está zangado? Desapontado?

Ucker: É claro que não. - Quando Christopher sorriu, tranquilo, uma alívio tão grande me invade que poderia voltar a chorar, mas dessa vez de alegria. - Estou muito feliz. Eu e a mulher que eu amo vamos ter uma filha, que nós dois vamos amar mais que tudo. E ela está perfeitamente bem. Como poderia não estar feliz?

Dul: Ah, Christopher! Eu amo tanto você! - disse, encontrando conforto em seu abraço e deixando as lágrimas de alegria rolarem. Sentia sua respiração no topo da minha cabeça.

Ucker: Eu também amo você, minha princesa.

Já tinha tido dois alarmes falsos, até que, em certa manhã, acordei me sentindo um pouco mais diferente dos outros dias, mais pesada, sentindo mais pressão na barriga, algumas cólicas mais dolorosas e para mim, tudo indicava que seria o grande dia, mas me mantive calma pois como já tinha tido esses dois alarmes falsos, poderia ser mais um. Comecei a sentir cada vez mais as contrações e cada hora um pouco mais doloridas, então mandei chamar a equipe médica. Tive dois pequenos sangramentos, que poderia ser a saída do tampão, então comecei a contar o tempo e a duração das contrações, que foram aumentando. Ao que me parecia, era hora de minha filha nascer. Mandei chamar Christopher, que em menos de um minuto, entrou correndo pelo quarto:

Ucker: O que ainda está fazendo aqui? Por que não te levaram para a ala hospitalar?

Dul: Calma. Pode ser só um alarme falso, meu amor.

Ucker: Você não teria me chamado da sala do trono se não achasse que fosse importante. - nessa hora, senti a dor de uma contração e fiz uma careta, ele basicamente se atirou na minha direção. - O que foi?

Dul: Foi uma contração. Tem vindo em intervalos menores.

Ucker: Guarda! - ele esbravejou, o que fez com que três deles entrassem numa fração de seguinte no quarto. - Mande que a equipe médica venha buscar a Princesa imediatamente!

Guarda: Sim, Alteza. - ele respondeu, já levando a mão ao seu rádio comunicador, enquanto os outros dois pareciam fazer o mesmo. - Já estão a caminho, Alteza.

Ucker: Vai ficar tudo bem. - ele disse num sussurro para mim, com a voz suave.

Fizemos o exame na ala hospitalar e constatamos que já tinha começado a dilatação, então fui internada. Fui aguentando firme até que tudo foi ficando mais rápido e mais intenso... resolvi pedir uma dose de anestesia para continuar tendo forças.

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