Capítulo 10

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Ucker: Bom dia, minha princesa. - sussurrei, beijando seus cabelos.

Dul: Bom dia, meu príncipe. - ela respondeu, aninhando seu rosto junto ao meu pescoço e inspirando.

Ucker: Dormiu bem?

Dul: Muito bem. - ela sussurrou, soltando o ar na minha nuca e arrepiando os pelos do meu corpo.

Ucker: Não me faça voltar para essa cama com você. - provoquei, beijando sua bochecha por mais tempo que o necessário.

Dul: Eu poderia ficar na cama... - ela disse, esfregando-se no meu pescoço. Depois, suspirou. - Mas sei que temos compromissos.

Ucker: Não me precipitava se fosse você. - despertei sua curiosidade, e Dulce moveu-se para me olhar.

Dul: O que quer dizer?

Ucker: Quando meu pai me perguntou o que queria de presente de casamento, disse a ele que queria ser dispensado dos compromissos Reais pelo fim de semana. Sei que não podemos viajar, pelos protocolos de segurança, já que sou o futuro Rei, mas pelo menos podemos passar nossos primeiros dias de casados juntos, da maneira que quisermos. - O sorriso que se formou no rosto dela era provavelmente a visão mais bonita que teria pelo resto da vida. - Mas, primeiro, quero tomar café da manhã com a minha esposa. O que me diz?

Dul: Adoraria.

Ucker: Como está se sentindo? - perguntei enquanto a observava comer sua taça de salada de frutas.

Dul: Feliz. - ela disse, antes de sorrir. - Era a melhor coisa que eu poderia ouvir. - E você? Eu... eu atendi as suas expectativas? - O que? Ela estava insegura em relação a isso? Tomei seu rosto em minhas mãos.

Ucker: A noite passada foi a melhor de toda minha vida, princesa. Nunca tenha dúvidas do tamanho de todos os sentimentos que tenho por você. Amor, desejo, admiração, paixão, veneração. Eu sou seu Dulce. Por completo.

Um casal se casando com dezoito e vinte anos seria considerado jovem demais entre o povo, mas entre a Realeza casamentos na juventude eram comuns. Na minha esposa, tinha encontrado tudo o que queria e precisava. O fim de semana ao seu lado, em quase todo tempo dentro daquele quarto, tinha sido incrível. Mas hoje era o dia de nos despedirmos do meu pai, que partiria para Lux. Seríamos os príncipes regentes de Norta agora, pelo período de um ano. Se houvesse prosperidade e aprovação dos súditos, então eu deveria fazer algo muito raro, que só havia sido feito em duas vezes entre mais de mil anos de nossa história: partir em campanha pelos outros doze reinos. Em cada um deles, deveria aprender com o governante regente, propor maneiras de aprimorar sua governança e por fim, conseguir sua bênção. Um mês em cada reino, um ano no total. Essa era a norma para os excepcionais casos em que um príncipe assumiria o trono com seu antecessor ainda vivo. Teria dois anos como príncipe, sendo observado e testado pelo conselho dos Treze Reinos antes de poder ser coroado Rei de Norta. Um desses anos seria fora de casa. Uma longa jornada me aguardava para me provar digno, e iniciava-se hoje, com a despedida de meu pai. Uma grande festa foi preparada em sua homenagem, o último evento que seria orquestrado aqui sob seu domínio.

Minha princesa tinha escolhido um vestido verde escuro, com rendas e bordados feitos à mão, sem mangas. Era verão, e ela parecia estar se acostumando ao clima de nosso lar, o que me enchia de orgulho. O coque complicado nos cabelos dava a ela um ar de imponência, mas mantinha o rosto angelical. Sua cabeça ostentava a coroa de ouro com pedras lapidadas de esmeraldas e pequenas obsidianas, que combinavam com a minha coroa. Sua beleza sempre me embasbacava. De braços dados, paramos em frente ao Rei no fim da festa, já no porto, de onde ele viajaria.

Dul: Majestade. - ela fez uma pequena reverência com a cabeça, em sinal de respeito. - Espero que faça boa viagem.

Ragnar: Obrigado, Princesa. - ele olhou dela para mim e depois de volta para ela. - Cuide do meu Christopher.

Como DueleWhere stories live. Discover now