Mente Estilhaçada

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OI?! Capítulo novo em 1 semana?! Acho que bati o recorde de atualização ahahahah

Razões para isso: fogo no cool
A partir de agora, o jogo vai inverter. Hora de botar a Alcina pra por a mão na massa... Ou melhor, estilhaça-la para atingir carga total! O progresso de Lady Dimitrescu tem sua contagem regressiva ativada!
Obrigada por sempre comentarem nos capítulos, continuem ajudando para o reconhecimento da fanfic! (Mais tarde irei responder os comentários do cap anterior)
Lancei um manual de "headcanions" da Lady D, já deram uma conferida? Em breve eu atualizo para manter vocês informados e ajudá-los a criar suas histórias <3

Não deixem de ler as notas finais, há explicações para algumas das ideias que executei nesse capítulo!

Boa leitura e preparem os corações para altas emoções!

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Mente Estilhaçada

O par de mãos gigantes abrange a composição de Beethoven, e a galeria imensa encontrou-se evacuada de qualquer som, com a história finalizada. Alcina sustentou seu olhar nas teclas de marfim, enquanto Becca parecia estética ao seu lado, a olhando quase sem piscar, tão exasperada e intensa. No que ela poderia estar pensando sobre Alcina? A condessa parecia se arrepender cada vez que os minutos passavam e nenhuma palavra era proferida por Becca, sentindo-se julgada com seu olhar sufocante.

Alcina engole seco, sem desviar do piano.

— Por favor, diga alguma coisa.

Becca não disse. A galeria recebe um silêncio ensurdecedor, quase angustiante. Pela falta de resposta, Alcina quase se precipitou em se oferecer para abrigar Becca e sua irmã na cidade — acreditando ser o lugar mais seguro fora do vilarejo, onde Miranda não as encontre —, quando de repente, os braços da loira se envolvem no seu. Becca chora, de maneira sufocante, contra ela. Alcina esperava de tudo; julgamento, raiva, até mesmo repulsa, qualquer coisa que pudesse expressar negatividade em seu ponto de vista.

Becca não a culpou. Becca não teve medo.

— Eu juro... Se eu estivesse lá, se tivesse existido uma única chance de ter te conhecido antes, eu mesma teria feito justiça com as minhas próprias mãos. — Becca delibera, um ódio repulsivo muito bem perceptível no abafo de sua voz grave. — Eu os caçaria, cada um deles! Te envolveria em meus braços, faria a loucura mais inimaginável só para ver seu sorriso, nem que eu precisasse sujar as mãos de sangue para isto!

Alcina inspira fundo.

— Você entende que eu destruí a minha humanidade, tudo que havia de mais humano em mim, só para fazê-los sangrar? Não foi só vingança, Becca. Eu matei mulheres inocentes. Eu matei a Pyetra.

Becca funga entre suspiros.

— Esta insinuando de que irá me machucar?

— Eu posso perder o controle, como já aconteceu uma vez. Se Miranda descobrir sobre você... — O resto das palavras entalam na garganta, e Becca continua em silêncio, esperando a justificativa de Alcina. — Eu não tive medo quando me sacrifiquei para salvar a Rose. Esse sentimento passou a surgir depois de você entrar na minha vida, e ficou ainda mais difícil quando a minha família se abrigou na casa da Donna. Tudo o que me é de mais valioso está aqui, neste vilarejo. Um pequeno erro, um leve deslize, por mais discreto que seja, e Miranda irá tirar tudo de mim num estralar de dedos.

Becca funga pela segunda vez.

— Você teme a Miranda. E você protege sua família. — Decreta Becca, mostrando sua face chorosa para Alcina. — Pessoas ruins simplesmente não sentem nada; elas não sentem amor, compaixão ou muito menos se importam com suas próprias ações. Se você fosse o monstro que acreditar ser, então por que não me matou quando soube de minhas intenções? Por que não me matou logo na colheita? Por que protegeu Rose durante todo esse tempo e por que se sacrificar por ela ao invés de entregá-la para Miranda?

What Could Have BeenDonde viven las historias. Descúbrelo ahora