A Herdeira

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Como já dizia Willian Afton: I ALWAYAS CAME BACK!

Atrasei mais pra postar o cap pq os últimos dias foram péssimos, e me senti inteiramente desgastada. Não gosto de escrever quando tenho crises de ansiedade, isso afeta muito a história e prezo sempre para entregar um bom capítulo para vocês s2

Minha dica que eu tenho é: cuidem da saúde de vocês, bebam água e se afastem de tudo o que podem considerar fazer mal a vocês <3

COMO PROMETIDO, o passado da Alcina. Este era um dos arcos em que eu mais estava ansiosa em escrever, e tudo devido a carreira da Alcina como cantora de jazz! Não vejo muitas fanfics explorando esse lado da Lady D, e uma das coisas que eu prometi a mim mesma quando quis escrever uma fanfic dela foi: "Eu vou trazer a Miss D custe o que custar!". E cá estamos nós! Vale lembrar q os próximos capítulos serão sobre o passado da Alcina, talvez leva entre 3 ou 4 capítulos para contar a história, ainda não sei ao certo. E sim, a história dos Lordes tbm será contada aqui.

ALERTA! O capítulo pode trazer certos gatilhos! Tudo o que irei lhes revelar é necessário, e fiquem a vontade para dilacerar ódio pelo pai da Alcina, vocês tem esse direito.
Obrigada por sempre estarem comentando e curtindo o capítulos, e desculpe pelo transtorno e a demora. Agradeço pela paciência do aguardo.
Preparem o Beethoven no spotify de vcs, sou xonada em clássicos e escolhi ele para fazer a abertura do capítulo (inclusive, alguém comentou para mim disponibilizar a playlist da minha fanfic no Spotify, o q vcs acham? Sim, eu tenho uma playlist para cada temporada da fic ahahahah)

Perdão pelos erros, sempre deixo algo escapar sem querer.

Boa leitura! (Ou não)

***

A Herdeira

Romênia, 1905.

Banhada no próprio sangue, Morgana Dimitrescu era consolada pela morte, em meio ao seu parto. A entidade lhe fora generosa, estendendo seu fio da vida para que tenha a chance de entregar seu bebê nas mãos da parteira entre suas pernas, a mesma não conseguindo ter nenhum sinal da criança. O clássico de Beethoven, "Moonlight Sonata", mesclava com os gritos de Morgana, suas ondas sonoras que antes estavam sendo apreciadas pela condessa do castelo — sem imaginar que daria a luz aquela noite —, tornaram-se sua melodia de despedida.

— Ainda não estou vendo a criança. — Diz Narcisa, a parteira, para uma das criadas que lhe servia como auxiliar. Havia mais duas no quarto do conde, cada uma responsável pela troca de panos e de prestar apoio a condessa. — Sinto muito, minha senhora, vamos perder o bebê...

Nu! (Não!) — Protesta Morgana, já sem esforços pela perda de sangue, e quase entregue a morte. — Salvați bebelușul meu! (Salvem o meu bebê!)

Narcisa compreendia a língua romena, afinal, ela era a governanta do castelo e a mulher na qual Morgana mais confiava dentro daquelas paredes. Conviveu com a condessa desde que a mesma casou-se com Connor, e jamais conhecera uma mulher tão bondosa e extraordinária quanto. Desde antes o casamento dela com o conde, Narcisa fora contra, e manteve sua opinião em segredo por temer ser enforcada. A governanta viera da Inglaterra, servindo fielmente a condessa, e até mesmo ensinando a língua inglesa para o casal, a pedido deles.

— Minha senhora... — Suspira Narcisa, olhando diretamente nos olhos azuis, quase sem vida, de Morgana. A pele da condessa perdera a cor, tão branca quanto uma geleira. — O conde não aceitara sua morte...

— Eu imploro, Narcisa! — Ofega Morgana, a beira das lágrimas que se fundiram ao seu suor. — Não há mais chance para mim, a minha doença não me permitirá passar desta noite, sabe bem disso! Eu já estou predestinada a morrer.

Todos naquele castelo tinham conhecimento da doença de sangue hereditária de Morgana, uma maldição herdada de suas ancestrais, passando de geração para geração. A condessa fora amaldiçoada injustamente, um pensamento que Narcisa carregava consigo, e por mais que fosse uma mulher religiosa nunca perdoaria seu tão bom Deus por não ter privado Morgana do mesmo destino que as mulheres de sua família tiveram. Morgana não merecia, ainda tão jovem, prestes a completar trinta anos em dois meses, um fato que teria se comprovado se a condessa não tivesse prosseguido com a gravidez. Como ela ficara emocionada ao descobrir que teria um bebê, e o quão enfurecido Connor se apresentou por saber que a doença de sua esposa não a permitiria de viver se a gravidez persistisse.

What Could Have BeenWhere stories live. Discover now