Capítulo 4

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— Quem vai me explicar o que está acontecendo aqui? — César não estava entendendo mais nada. Assim como Ângela que olhava para a filha procurando por alguma resposta.

— Mamãe, lembra o garotinho que achei chorando lá na escola? É essa coisa linda aqui. — Se aproximou de Inã que já dava os braços.

 Pegou o menino dos braços do pai, e o cumprimentou. Alexandre estava nervoso, sentia a necessidade de se explicar para o amigo, mas não conseguia pensar com clareza enquanto admirava Giovanna, que estava ainda mais bonita sem o uniforme da escola. Saiu de seus devaneios, quando escutou a voz grave de César.

— Então você já estava no Rio e não avisou seu sacana?

— Meu amigo, eu cheguei na madrugada do sábado para o domingo, ainda tive que abastecer a despensa, me familiarizar com a casa, a escola para o pequeno. Uma correria. E o moleque ainda se perdeu. — Alexandre disparava a falar.

— Fiquei sabendo dessa história, minha princesa achou o fujão né?

— Sim, ela foi um amor com ele. Cuidou direitinho — Alexandre estava muito desconfortável.

Giovanna e Ângela se derretiam com as gracinhas que o pequeno rapazinho fazia. Ele estava lindo, todo homenzinho com aquela camisa social.

— Pelo visto teu piá vai ser pior que você. Olha lá, as minhas meninas se derretendo com ele — César brincava com Nero.

— Ele tá encantado com a Gi... Como é o nome dela mesmo? O Inã só chama de Gi.

— É Giovanna. Minha princesa, tá linda não é? A última vez que você viu ela, foi naquela confraternização do banco. Ainda usava fraldas.

Alexandre se amaldiçoava ainda mais por todos os pensamentos que havia tido. Mas, ao mesmo tempo, queria saber mais sobre ela.

— E tá com quantos anos, sua menina? — perguntava sonso, como quem não quer nada.

— Vai fazer 19 daqui a 3 meses, mas ainda é meu bebê. Ela que não me escute. Morre de vergonha quando eu falo essas coisas.

O jantar seguiu tranquilo, falaram como se conheceram na escola, da adaptação com a cidade nova e de como Nero estava ansioso para começar a trabalhar.

 Bebiam uma dose de whisky, enquanto Giovanna e a mãe estavam no sofá, conversando e brincando com o menino, que estava sentado no colo da mais nova.

Vez ou outra, Alexandre se perdia no assunto, porque ficava vidrado nas pernas dela que estava de fora. Com Inã se movimentando em seu colo, o vestido só fazia subir.

— E você já foi Alexandre? — César perguntou, e ele nem sabia do que se tratava.

— O quê? Não escutei

— Você tá aéreo meu amigo.

— Tô ansioso, para começar no trabalho. É só isso.

Giovanna, deitou Inã no sofá e cruzou as pernas em um movimento que parecia estar em câmera lenta, Alexandre que não tirava os olhos, viu uma pequena renda preta. Decidiu que era hora de ir embora, antes que o amigo percebesse que ele estava comendo a menina com os olhos.

— Dá um beijo de boa noite nas moças e vamos dormir filhote.

— Gi, eu amo vuxê — Deixou um beijo estalado na bochecha dela, que se derretia toda.

— Eu também, meu gatinho lindo.

Nero se despediu dela com um abraço tímido, e um cheirinho discreto no pescoço para sentir seu perfume.

Além Da CamaWhere stories live. Discover now