•38• Fé

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Depois de todo esse tempo?
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Adrian Moriarty
26/09/1978

Desde que sua mãe havia lhe contado sobre a reunião ele sabia que seria complicado, a situação entre os dois estava complicada há dois dias, quando ela finalmente tinha lhe contado sobre o que havia aceitado com Remus há semanas. Ele podia ter ficado com raiva da demora dela por conversar, afinal eram família, mas a entendia, ela se preocupou com sua recepção e tinha razão.

Adrian não foi raivoso, não foi receptivo, ele não foi nada e sabia que sua mãe sabia que seria assim, por isso ela adiara aquilo, porém não faria o filho saber junto dos outros, não seria justo e também não seria com Ellie, também envolvida na mesma situação que ele, mas enquanto ele tinha reagido com apatia e afastamento, ela havia acreditado na esperança de Zoe e sido uma apoiadora, ficando do lado dela quando começou e ainda estando lá esperando que alguém quebrasse a tensão que havia desde o começo, mas que tinha se intensificado cada vez mais até quando Zoe e Remus terminaram de falar.

--Você nunca foi de brincadeiras, Zoe -- Nora fala.-- Mas quase esperei que fosse uma dessa vez.

--Nora.-- Ellie fala.

--Claro que você se envolveria, criança tola.

Ele se sentiu retesando, Ellie era de certa forma como uma irmã e Nora podia estar reagindo como esperavam, com aagressividade, mas isso não era justificativa.

--Não fale com ela assim, Nora, pode não concordar, mas agir assim não adianta nada.-- ele diz.

--E você concorda? Porque está encostado nessa parede desde que isso começou, não ao lado de sua mãe ou do Lupin.

--Você está desviando do que realmente precisamos conversar -- sua mãe interfere.-- Como você já disse, eu não sou de brincadeiras, Nora, trouxe isso porque é sério.

--Não estou desviando, apenas penso que seu filho não te apoiar é preocupante, afinal vocês não são sempre a família unida?

Ele sabia muito bem que poderia dizer agora que estava com sua mãe, fechando uma brecha que daria espaço para Nora, mas não faria isso porque não acreditava de fato e sua confirmação poderia ser o que levaria outros a aceitarem e ele não podia fazer isso, fazer outros serem esperançosos quando ele mesmo não estava sendo aquilo. Família importava, claro, mas era por isso que sabia que sua mãe esperava melhor dele, havia sido criado para ser alguém que teria convicções firmes, mesmo que isso significasse parecer um covarde deixando a sala, deixando outros lidarem com a resposta que era esperada dele.

Ele parou na porta do quarto que era quase oficialmente de Sophie, a bebê passava tanto tempo com Zoe que não seria nada chocante quando a chamasse de avó. O barulho de uma voz doce e animada, o tipo especial que por algum motivo se tornava natural no cuidado de bebês, chegou a seus ouvidos e ele abriu a porta devagar.

--Ei, olha quem está aqui -- Keralie fala olhando para ele e então voltando os olhos para a pequena engatilhada no tapete que pareceu se agitar.

(In)quebráveisWhere stories live. Discover now