(In)quebráveis

·11· Sorte & Fé

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Depois de todo esse tempo?
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Tiago Potter

Tiago quase podia sentir a frustração de Sirius emanando dele, isso era consequência não somente de anos de convivência, mas anos de convivência com alguém com quem se importava.

--Mundungo não tinha nada.-- afirmou para ele que se deitava em sua cama e olhava para o teto.

--Nada, nem o que já sabíamos, mesmo assim o fiz esquecer da conversa.-- conta.

--E já contou para Dumbledore?-- pergunta.

--Claro, ele quer que agora procuremos em lugares que Voldemort acharia dignos os suficiente para guardar as partes soltas de sua alma. Vamos na sorte, resumindo.

--Às vezes a sorte é a solução mais óbvia.

--Tomara que essa seja uma das vezes então.

--Qual é, Pads, um pouco mais de fé não faria mal, sabia?

--E você está pingando isso.-- o outro devolve irônico.

--Eu tento ter o máximo dela que posso, sem ela cairia em uma espiral não muito legal.

--Vai dar certo.-- o Black diz parecendo mais confiante e era uma atitude brusca e muito repentina, para se dizer o mínimo, mas também por ele e o Potter ficou grato por aquilo.-- Aposto que vamos achar uma Horcrux no...orfanato que ele morou, poderia ter dado um jeito de escondê-la em algum lugar oculto que conhecesse de lá.

--É um bom chute, eu arriscaria Hogwarts.

Sirius se endireitou de repente, assustando um pouco o outro que o olhou confuso.

--Hogwarts.-- repete.

--O que tem?

--Ele sabia que Dumbledore jamais o aceitaria como professor, então por que tentou?

Tiago entendeu o que Sirius quis dizer segundos depois.

--Era uma oportunidade.-- diz ele.

--Exatamente, Hogwarts foi o lar dele por anos, foi onde aprendeu e aprimorou sua magia, foi onde começou a ser Lord Voldemort e a ter súditos, ele teria que colocar uma das Horcruxes nela.

--Sim, mas o tamanho daquele castelo, da propriedade em si.-- Tiago solta com desânimo.

--Temos o lugar com 99% de certeza, agora é ter sorte de achar o ponto exato nele. Eu arriscaria o salão comunal da Sonserina, foi sua casa afinal.

--Alguém repararia em um objeto negro, Padfoot.

--Ou talvez não, talvez ele conhecesse algum lugar escondido nele.-- Sirius sugere.

--É, mas não podemos restringir somente a ele.

--Cadê o mapa?

--Aqui.-- Tiago diz esticando a mão até abrir a gaveta da cômoda e retirar o pergaminho aparentemente vazio.

Sirius ergue a varinha sobre ele quando é aberto pelas mãos de Tiago.

--Juro solenemente não fazer nada de bom.-- diz e então linhas tomavam conta do papel, os poucos pontos com nomes presentes no castelo por serem férias surgiam e se moviam.-- Vamos seguir o caminho direto até o escritório do diretor, talvez Voldemort tenha escolhido não se arriscar a sair do caminho.

--Bem, ele ainda teria muitos lugares.-- o Potter fala seguindo com os olhos o caminho que Sirius traçava com o dedo.

--Teria, mas vários são facilmente eliminados pois seria fácil demais achar um objeto negro neles.

Continuou passando o dedo, parando em vários momentos quando algum dos dois apontava algo, eliminando de cara um local, o deixando em um talvez ou até arriscando que seria um provável local mesmo, então finalmente se chegou no sétimo andar.

--Temos o escritório de Dumbledore, a torre de astronomia...-- Sirius parou quando Tiago pegou o mapa e o encarou com maior atenção.-- O que foi?

--No mapa temos diversos lugares, fomos cuidadosos ao colocar tudo que descobrimos, desde os lugares mais conhecidos as passagens secretas.

--E?

--Mas quando o fizemos não sabíamos da existência de um dos locais e ele seria perfeito para se esconder algo, além de ficar bem no caminho, seria fácil ir até ele e então encontrar Dumbledore sem correr riscos.

--A Sala Precisa.-- Sirius fala entendendo.-- Como ele saberia?

O grifinório dá de ombros.

--Nunca vamos saber e não é importante, Padfoot. Precisamos contar isso aos outros, então ir até Hogwarts.

--Tem razão, mas se for mesmo isso temos outro problema.

--Sempre temos, não é?-- Tiago solta deixando o mapa no colo e encostando a cabeça na cabeceira da cama onde se sentava.

--Sala Precisa fornece o que você precisa, são infinitas as possibilidades de lugares, como vamos achar a certa?

--Bem, com sorte e fé acho.-- diz o Potter bagunçando os cabelos rebeldes e olhando para o relógio que tinha na cabeceira.-- Mas vamos ter que deixar isso para depois.

--Por quê?

--Daqui a pouco temos que estar na casa de Frank, aniversário de Katie e Jake.-- lembra o amigo.

--Podíamos falar com os outros enquanto estamos lá.

--Quero tanto quanto você, mas vamos ter que aguentar porque alguém que não sabe pode escutar e é melhor para eles, Six, não saberem.

O Black sabia que ele tinha razão, então afundou aquela inquietude e impulso de agir o mais rapidamente em relação a informação que tinham. Hogwarts ainda estaria lá amanhã, qual quer que fosse a Sala Precisa pedida também, algumas horas de um pouco de vida normal não mudariam nada, ele só precisava ser paciente.

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>Mais curto que o habitual? Sim, mas eu amei escrever e espero que tenham gostado de ler 💙

>Graças a minha memória de Dory, tive que ir reler partes de UVI para lembrar de alguns detalhes e putz, aqueles viajantes são meus amorzinhos (com alguns sendo preferidos, sendo sincera).

>Eu acrescentei coisas no capítulos pois relendo capítulos para relembrar de algumas coisas vi que tinha uma pontinha que podia ser usada, o que mudou também o que pretendia para o próximo capítulo que espero e quero muito soltar ainda essa semana!

>Votem, por favor 😉✨

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Sempre
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