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[ AUTORA ]

O som daquele disparo ficou abafado nos ouvidos de Porchay.

No mesmo instante que disparou e viu aquele corpo já sem vida cair no chão, Porchay largou a arma.

Kinn e Porsche olharam imóveis para aquela cena, o som ensurdecedor do silêncio se fez presente por alguns segundos.

- PORCHAY! – Porsche largou Kim e seu amado, correndo em direção a Porchay, os olhos do irmão mais velho percorrendo o corpo do mais novo até chegar em suas mãos que estavam tremendo, Porsche agarrou as mãos do irmão.

- Porsche... – Kinn pegou seu irmão nos braços, os olhos de Kim estavam abertos, mas ele estava concentrado demais em ficar respirando calmamente ao invés de ficar abalado com aquilo.

Kimhan não deixou de ficar extremamente feliz com aquilo, ao ouvir o disparo e, — De relance, ver Kris cair, seu corpo tremeu em êxtase. Mas não ver a face do seu amado enquanto atirava o deixou triste.

Ele queria ver a face aterrorizada de Porchay enquanto tremia segurando a arma, queria ver o rosto de seu Chay ficar tão pálido ao largar a arma e ficar tão calado que até sua respiração descompassada podia ser ouvida vividamente.

Ouvindo ser chamado por seu namorado, Porsche puxa seu irmãozinho e junto a Kinn leva ele até uma Van que estava parada do lado de fora daquele lugar.

Esperando fora da Van estavam Pol e Arm, eles olharam alarmados para aquela visão, eles ouviram os disparos, mas, de antemão já sabiam que não podiam interferir naquele momento, então ver Kim baleado fora uma surpresa.

Eles abriram a porta da Van, dentro dela Vegas e Macau estavam cuidando de Eric com todo cuidado, e administrando uma medicação nos outros dois meninos que ainda estavam desacordados.

- Pol, Arm... Botem fogo nesse lugar, vocês tem até o fim do dia para deixar isso aqui virar poeira, não precisam catalogar os corpos, só botem fogo. – Kinn tomou a liderança, nunca pensou que um dia fosse voltar a liderar uma situação assim, mas seu irmão estava agora sendo ajudado por Vegas dentro da Van com Porsche e Porchay ao lado dele. – Se não estiverem na Casa Principal até o início da noite, serão punidos.

- Sim senhor. – Pol e Arm andaram até uma outra Van, dela saíram homens segurando galões vermelhos, não era necessário dizer o que havia dentro.

- Comecem lá por cima, se houver algum computador ou algo do gênero, pegem e o traga pra baixo, vocês tem uma hora. – Pol foi falando calmamente enquanto via Kinn subir na Van e fechar a porta. Pete estava no banco do motorista e não demorou para que desse partida. – Vamos voltar antes do sol começar a se pôr.

Um som gritado de "sim" fez os homens começarem a se mover.

Naquele dia, um incêndio desenfreado tomou uma propriedade privada de Phuket, ouviu-se dizer que dezenas e dezenas de corpos foram encontrados carbonizados demais para saber quem eram. Nos noticiários a manchete que estaria sendo apresentada era que um magnata da prostituição local tentou resistir a prisão, levando os policiais da força tarefa responsável por prender todos ali, a ceifarem suas vidas. Nada como facções inimigas nem o submundo da Tailândia foi citado.

Kris não passava de um prostituto quebrado pela maior luxúria de todas. A inveja.

[ ... ]

- Ele— Ele tá sangrando muito... – Voltando a realidade do que estava acontecendo, Porchay começou a tremer e chorar compulsivamente enquanto estava ao lado de Kim.

Ele nunca imaginou que poderia atirar em alguém com tanta facilidade.

- Eu—

Kim tentou forçar sua voz a sair mas a dor em seu peito fez ele sentir uma pontada e tossir em dor.

𝑰𝑵𝑭𝑬𝑹𝑵𝑶 | 𝑲𝑰𝑴𝑪𝑯𝑨𝒀 [𝑪𝑶𝑵𝑪𝑳𝑼𝑰𝑫𝑨] [ REVISANDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora