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[ PORCHAY ]

> Ciúme

  substantivo masculino

1 Estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso provocado em relação a uma pessoa de que se pretende o amor exclusivo; receio de que o ente amado dedique seu afeto a outrem; zelo (mais us. no pl.).

2 Medo de perder alguma coisa.

3. m.q. INVEJA.

Amor exclusivo? Inveja... Medo?

Após meu irmão dizer que eu estava com ciúmes eu quase o expulsei do quarto, não de um jeito bruto, claro, apenas disse que queria um tempo sozinho. Ele compreendeu como sempre.

Eu continuei sentado na cama e, com o celular mesmo, fiz uma breve pesquisa, “Ciúme significado” e o Google me deu essa resposta.

Estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso? Isso se encaixava. É uma sensação ruim, é como se eu estivesse sentindo ou fazendo algo errado. Mas... Amor exclusivo? Não pode ser isso, a próxima definição parece ser mais próximo do que eu senti, “Medo de perder alguma coisa.” Por uns instantes naquele momento que vi P'Kim conversar com P'Arm eu pensei que estava perdendo algo, mesmo que eu não saiba o que era exatamente.

Inveja

Eu senti inveja? Isso também parece se encaixar, eu queria ser aquele que estava conversando com P'Kim naquele momento, até porque foi comigo que ele conversou no café nos outros dois dias, não com P'Arm. Sim, isso também parece se encaixar.

Então esse é o sentimento chamado de ciúme. É horrível. Desgostoso. Desprezível. Não quero sentir.

Eu não sei se P'Kim vai voltar amanhã. Eu fugi daquela forma... Acho que eu o deixei irritado, e se ele nunca mais voltar? Será que eu poderia pedir o número dele a P'Arm? Será que P'Arm entraria em contato com ele para que eu pudesse pedir desculpas?

Eu necessitava fugir, mas não queria de fato.

Esse homem lindo e misterioso com esse ar de superioridade e brincalhão me deixa fora de mim.

Eu quero falar com ele.

Eu quero ver ele.

[ ... ]

O sol raiava no céu como se no dia anterior não tivesse passado o dia todo chovendo.

Por pensar demais nas coisas meu sono chegou rápido e eu dormi bem. Então foi fácil levantar e me organizar pra aula. Quando tudo estava pronto ainda eram seis e meia e eu desci para tomar café. Novamente ao chegar ao fim da escada vejo meu cunhado entrando. Ele está com roupa social, a camisa desabotoada até o meio do peito, mas desta vez ele trazia consigo um homem, P'Vegas, esse que por sua vez estava com um sorriso muito grande no rosto.

- Chay! – P'Vegas me saúda. Se ele está sorrindo assim, tenho certeza que P'Pete teve uma noite dura.

Os dois, assim como meu irmão e meu cunhado, gostam bastante de contato e carícias em público. A única diferença é que eles falam demais sobre as coisas que fazem entre quatro paredes. Mesmo em códigos, algumas vezes eu pegava uma coisa ou outra do que eles falavam, então eu sabia que P'Pete teria um dia difícil hoje por conta das dores no corpo.

Eu faço um wai em sua direção, logo fazendo um para meu cunhado também.

- Porchay, bom dia. – P'Kinn alisa meus cabelos. – Dormiu bem?

𝑰𝑵𝑭𝑬𝑹𝑵𝑶 | 𝑲𝑰𝑴𝑪𝑯𝑨𝒀 [𝑪𝑶𝑵𝑪𝑳𝑼𝑰𝑫𝑨] [ REVISANDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora