Rodovia Rio-Santos

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Leblon, Rio de Janeiro.



Lauren estava exausta, sentia cada músculo seu pedir por socorro principalmente a região das costas  por passar tantas horas dentro do carro. Levou Camila e Kessya no Vidgal e voltou para a barra onde deixou seu sobrinho que também se sentia cansado da viagem apesar de ter passado grande parte dela, dormindo.

Lauren se desfez de tudo que carregou até o apartamento e se direcionou para o banheiro, ela quase não usava sua banheira com algumas funções que julgou serem inúteis mas naquela ocasião, naquele momento, ela estava disposta a testar tudo da banheira. A hidromassagem seria uma delas.

A policial estava acostumada com as belas mãos de fada que sua ex noiva tinha, quase todas as noites em que chegavam em casa, Cléo adorava lhe massagear assim trocavam carícias deliciosas, eram um dos momentos que Lauren mais gostava.


A mulher mordeu os lábios e fechou os olhos quando entrou na banheira agora com seu corpo nu, a água estava em uma temperatura agradável, não tão quente e nem tão gelada, o ideal.


De repente  um sorriso involuntário apareceu nos seus lábios quando lembrou do guarda lhe abordando no carro. Ficou tão nervosa que tinha a certeza de que o policial rodoviário havia percebido o que faziam naquele veículo. Se perguntava como foi tão fraca por ser convencida a parar o carro por Camila, ali depois de tudo que aconteceu parecia fácil lhe dizer um não mas no momento, Lauren também queria beijá-la e isto era o que mais lhe perturbava.

Contrariada com seus desejos mais profundos ela fechou os olhos para tentar esquecer Camila enquanto relaxava um pouco naquela banheira agradável. A dor que agora diminua consideravelmente dando uma trégua aos seus músculos tão cansados lhe proporcionavam um certo alívio.

Lauren encarou o próprio teto branco do seu banheiro quando pareceu ouvir batidas na porta. Ela franziu o cenho e voltou a fechar os olhos mas o barulho continuou, as batidas eram constantes e seja quem for não parecia querer ir embora.

Ela bufou enquanto levantava da banheira, pegou a toalha branca e a envolveu sobre seu corpo úmido. Ela caminhou sobre o carpete do seu banheiro molhando todo ele até chegar a porta, abriu e continuou a fazer uma trilha de pegadas molhadas em direção a porta, onde podia ouvir as batidas com mais vigor.

Franziu o cenho ao abrir a porta e olhar para a figura do lado de fora, Camila estava de pé bem a sua frente, um sorriso debochado, estava com a mesma roupa de mais cedo o que Lauren julgou que a mulher nem mesmo chegou a subir morro.

- O que está fazendo aqui?

- Não vai me convidar para entrar? Poxa, pensei que fosse mais educada, Lauren.

A policial revirou os olhos e afastou o corpo da porta para que Camila pudesse entrar. A mexicana fez mas antes deu uma bela olhada no corpo de Lauren coberto por uma minúscula toalha branca.

- Está tarde Camila, não acha que já fez demais por hoje, não?!

Lauren fechou a porta e olhou para a mulher que continuava com um sorriso brincalhão nos lábios.

- Foi por isso mesmo que vim...

Camila se aproximou de Lauren, com os olhos castanhos focados nos lábios da policial. Não demorou para que sentisse novamente a mesma sensação de quando se beijaram no carro. Os lábios de Camila pressionados com os de Lauren enquanto movia sua língua suavemente com a dela. Havia uma sincronia perfeita ali. Uma intensidade ia tomando espaço e o ar ia faltando conforme Camila pressionava o corpo da mulher contra a parede.

Corazón da Favela Where stories live. Discover now