Sabiá

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Hospital de Gamboa
Botafogo.





- Quero vigilância 24h se for preciso, mas não saiam deste quarto!



Lauren pediu aos dois integrantes do batalhão, estava dando a responsabilidade de vigiar um suspeito de chacina e também a única testemunha.


André Siqueira, mas conhecido como índio. Tinha antecedentes criminais por porte de arma e roubo, estava foragido e até então nunca foi encontrado, o homem soube se esconder bem todos estes cinco anos forajido. Deu entrada no hospital às oito e meia da manhã, com um ferimento grave no estômago, perdeu muito sangue, seus órgãos internos estavam comprometidos, embora sua situação fosse delicada, Índio passou por uma extensa cirurgia e agora estava em recuperação.

O departamento de polícia do Rio, recebeu uma ligação do Hospital, a polícia emitiu um alerta para casos envolvendo tiros os comunicassem imediatamente. A PM já estava envolvidas no caso por serem os primeiros a chegar ao hospital, o Tenente queria pegar o caso, quem não estava louco para solucionar e ser um herói? PMs eram sanguessugas de casos como aqueles, suas carreiras estavam em jogo, quem disponibilizava armas para toda essa mantança, certamente criminosos não conseguiam negociar com o exército sozinhos.

Quando o batalhão do Bope foi informados de que havia uma testemunha em potencial, não perderam tempo. Lauren dirigiu até o hospital com Marcus, Marcelo ficou no Vidgal, ele não era tão temperamental como Marcus que poderia ser uma bomba relógio no morro.



- É aquele ditado popular, vaso ruim não quebra... olha aí a prova.


Marcus murmurou ao fixar seu olhar no homem deitado na maca, seu abdômen estava enfaixado, foi um cirurgia de quase oito horas, quando Lauren chegou, o homem ainda estava na UTI passando pela a complicada cirurgia.


- Não faz sentindo, por que ele não recorreu ao hospital antes? Esperou que passasse nove horas.


Lauren se perguntou ao se afastar do quarto enquanto caminhava com Marcus ao seu lado. Ela estava se surpreendendo com ele, embora tivesse muitas falas problemáticas, ele as vezes lhe dava boas assistências.

- Vai ver ele estava com medo de ser pego, quando percebeu que estava quase batendo as botas resolveu se entregar.


Deu de ombros supondo o que Lauren já desconfiava, mas algo não estava batendo, não mesmo. Mas teria que esperar André acordar para falar, os médicos disseram que seria em breve, tiveram que aplicar morfina para a dor e assim o homem pudesse descansar. Ele não poderia fugir nem se quisesse, haviam inúmeros policiais no hospital, além de está preso as algemas em sua maca.


- E olha lá ele buscando por sua promoção.


Lauren murmurou ao notar o Tenente trocando informações com seus policiais, ele vestia sua inseparável roupa social, pose arrogante, um sorriso tão falso como seus dentes.


- Pensei que Gabriel foi bem claro em informar que o Bope cuidaria desse caso.

- E ele foi.

Lauren se aproximou do Tenente que até então não havia lhe visto, ele exalando o sorriso falso e estendeu sua mão a mulher quando percebeu sua presença.




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