7. Sócios

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06 de janeiro de 1995Cidade do México, México

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06 de janeiro de 1995
Cidade do México, México

Quantas peças faltavam?

E por que que as que eu tinha, não se encaixavam?

Me pergunto quantas versões dessa história poderiam ser contadas.

Já tinha ouvido pelo menos três delas e nenhuma me parecia ser verídica. E infelizmente, o que não era para ser, havia se tornado o motivo da minha insônia nos últimos meses.

Eu não conseguia acreditar em nenhuma dessas versões. Isso de contar as coisas pela metade não funcionavam comigo. Eu preciso de provas concretas, não apenas discursos de ódio e rancor.

Algo estava muito errado, e ninguém ao meu redor queria admitir isso. E foi aí que surgiu a grande necessidade de encontrar por si só, a ponta deste fio, a fim de desenrolar a história verdadeira.

Sendo o mais correta possível.

— O senhor possui absoluta certeza dessas informações? — Perguntei receosa.

Os rumores eram muitos, e desde pequena, eu ouvia falar do poder que aquele homem possuía: desde as suas façanhas até a grandiosidade de seus atos e de até onde ele era capaz de ir para alcançar os próprios desejos.

Era a primeira vez que eu me sentava para conversar com ele, entretanto, não sabia se as histórias contadas pelo meu próprio pai eram verdadeiras.
Mas de uma coisa ele estava certo: esse homem transmitia poder.

— Sim. — Sua resposta foi curta e ele me encarou.

Será que ele sabia dos meus pecados?

— Aqui, este envelope contém todas as informações coletadas sobre ele. — Continuou e inclinou levemente a cabeça, indicando a garrafa de Whiskey. O servi com uma dose. — Contudo, antes que eu entregue isso a você, precisamos tratar de outros assuntos.

Já me disseram que nesta vida, nada é de graça e que sempre existe um valor pelas coisas feitas.
Assenti vagarosamente com a cabeça.

— Já esperava por isso. — Falei dando um pequeno suspiro. Me sentia ansiosa ao ponto das minhas mãos já estarem úmidas. — O que deseja tratar?

Este homem era considerado um dos maiores, se não o maior sócio que a minha família conquistou nas últimas décadas. Portanto, apesar de estar fazendo isso por debaixo dos panos, se meu próprio pai confiava nele de olhos vendados, eu também poderia.

Ao menos, essa era a minha teoria. Rezar para que na prática, dê certo.

— Você é uma mulher astuciosa, Margarita Martínez.
Franzi o cenho ao escutar meu primeiro nome completo.

— Rita. Me chame apenas de Rita, por favor. — Tentei soar gentil.

— Rita. — Ele concordou sem parecer se importar com qual nome me chamaria. — Particularmente, gostaria de saber o motivo de seus pais não estarem cientes desse encontro. Acredito que a situação em questão seja..., quase que familiar.

Fantasmas Sobre RodasWhere stories live. Discover now