Durante a década de noventa, o destino de doze pessoas completamente diferentes se cruzam em território Norte Americano. Cada um com o seu propósito e estilo de vida, mas uma coisa é certa, todos eles amam carros antigos e velozes.
Descobrimos que a...
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29 de dezembro de 1994 Aeroporto do Queens, Nova York — EUA
As minhas mãos estavam tremendo, o meu coração parecia que iria saltar do meu peito, e eu podia jurar de pés juntos que eu conseguia o escutar bater e reverberar por todas as extremidades do meu corpo. Pela primeira vez na vida, me sentia prestes a ter uma crise de ansiedade com um ataque de pânico. Juntos!
Puxei com um pouco de dificuldade a minha mala da esteira mecânica.
— Isso é loucura. — Sussurrei.
Coloquei a mão no peito. Só de pensar que em algumas horas atrás eu estava repetindo freneticamente a mim mesma de que essa era a melhor ideia da minha vida.
Observei o grandioso aeroporto internacional do Queens e senti minhas pernas bambas.
Ah meu Deus!
Onde eu estava com a cabeça quando embarquei em um avião com destino à Nova York? Comecei a suar frio.
— Meu pai vai me matar...
Coloquei as mãos sobre os lábios, pensando nos possíveis e piores castigos que eu poderia receber quando Andrew — vulgo meu pai — descobrisse.
— Não! — Falei mais alto do que deveria, atraindo a atenção de algumas pessoas que estavam próximas da esteira esperando suas bagagens. Sorri sem graça para elas, puxei minha mala e saí o quanto antes de perto dali.
Respire fundo, Elizabeth. Andrew não vai descobrir. Pense direito! Você e Sophie passaram inúmeras madrugadas planejando isso, calcularam até os mínimos detalhes! Estava tudo previsto para dar certo!
Sim, ia dar tudo certo! Na verdade, as coisas já tinham começado a dar certo; sorri para mim mesma, erguendo a cabeça enquanto andava.
Mas... e se algo ruim acontecer?
Encolhi os ombros e afundei o queixo no meu cachecol tricotado.
Não! Não tem como ele descobrir! E caso ele descubra, terá de aceitar que eu desejo seguir os meus sonhos e não os dele! — Ergui a cabeça novamente, dando passos mais confiantes em direção à saída do portão de desembarque.
E se Harry me reconhecer no meio da rua?
Há, qual é, Elizabeth? Nova York é enorme! Quais as chances de esbarrar com ele?
Dei risada de meus próprios pensamentos. Se Sophie estivesse aqui, ela riria de mim e diria para eu parar de ser uma pessoa tão pessimista com aquele tom de voz julgador.
