Durante a década de noventa, o destino de doze pessoas completamente diferentes se cruzam em território Norte Americano. Cada um com o seu propósito e estilo de vida, mas uma coisa é certa, todos eles amam carros antigos e velozes.
Descobrimos que a...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
04 de janeiro de 1995 Manhattan, Nova York — EUA
Nem sempre as minhas quartas-feiras eram estranhas dessa maneira, por isso eu me sinto na obrigação de explicar alguns pontos que eu considero bastante importantes.
Afinal de contas, eles mexem com a minha dignidade.
Primeiro: eu não sou um assassino em série que possui fetiches em mulheres bonitas ou jovens que aparentam ser inocentes. Muito menos sequestraria elas e as arrastaria até a minha casa, transaria com as pobres moças fantasiadas de "enfermeira sexy" para em seguida esquartejá-las em um cômodo secreto e me livrar dos restos mortais em sacos de lixo pretos.
Longe de mim fazer algo do tipo.
Porque, abre aspas, eu não sou um assassino em série e não, eu não transo com mulheres vestidas de enfermeiras. Fecha aspas.
Continuando...
Segundo ponto muitíssimo importante: NÃO sou um tarado que adora minissaias! Só as acho inapropriadas para serem usadas no inverno. Ela poderia muito facilmente ficar resfriada .
E terceiro: tudo o que eu queria era saber se Elizabeth LeBlanc estava bem ou passando por algum problema para estar frequentando lugares estranhos, insalubres e de origens duvidosas.
Pois se parar pra pensar bem, nenhuma mulher que morasse no The Ardsley, fosse universitária e tivesse os padrões de beleza e vestimenta de Beth, estaria frequentando lugares assim. Com roupas daquele jeito e às escondidas, como se a qualquer momento fosse assaltar um banco.
E a única maneira, relativamente estranha que eu encontrei de descobrir isso, foi seguindo Elizabeth em plena madrugada até um pub que se chamava Caneca Vermelha.
Poderia perguntar a ela o que estava fazendo? Sim. Mas ela já estava se esquivando de mim há alguns dias. Portanto, era a opção perfeita para espantá-la de vez de perto de mim. E eu, definitivamente não queria isso.
Desde o final de dezembro, quando encontrei essa garota em plena madrugada no meio do Central Park, totalmente desolada por causa de um hot dog horrível, com roupas molhadas e um inconveniente chiclete azul em seu cabelo, senti que ela poderia ser uma pessoa legal. Admito que as minhas primeiras intenções não eram as mais ingênuas, e que eu gostei de dar uns flertes. — Que por sinal, me trouxeram certa nostalgia da época do meu High School. Elizabeth possuía isso: essa inocência.
Mas apesar de me atrair de uma forma estranha, não fazia parte da minha moral me relacionar com garotas que eram quase 10 anos mais novas do que eu. Apesar de que no meu mundo, relacionamentos desse tipo não eram incomuns, entretanto, essa não era a questão.
Eu sabia que qualquer pessoa tinha segredos, e eu compreendia que Beth tivesse os seus, mas não descia pela minha garganta o fato dela estar se relacionando "com este mundo" de uma maneira tão descuidada.
