Capítulo 17

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O dia no jornal passou rápido, logo era noite e nada da ligação do Louis. Eu estava preocupada, com ele, com o colar, com o que faríamos quando o pegassemos de volta.

No caminho para casa, tentei me distrair com a conversa sobre outro romance da Isabela, mas não adiantou muito. Era a mesma coisa de todas as noites. Ela vai ao bar, conhece um cara que a leva para casa, eles dormem juntos e ela os manda embora depois.

Ela ainda tem sentimentos pela Verônica, e os projeta nos caras de cada noite. Não vai conseguir superá-la assim. Mas a vida é dela e não minha. Não quis ouvir a minha opinião mesmo.

Chegando em casa, avistei o vampiro na minha sacada.

– Quem é aquele? – Isabela perguntou ,com curiosidade pervertida na voz.

– Um amigo – Digo friamente.

– E que amigo bonitão hein. Agora entendi porque não quis nenhum dos caras que eu sugeri pra você no bar.

Na semana que se passou, fui algumas noites ao bar com ela. Vi ela receber cantadas dos caras, e até me empurrar para alguns deles, somente quem ela julgava ser bom para mim. Não foram muitos, e eu sempre os recusava, alegando não estar procurando nenhum tipo de relacionamento agora.

Fui algumas noites, suficientes, para fazer amizade com a dona do bar, Angela, o nome dela. Aqueles babacas, da primeira noite, até se desculparam comigo, principalmente o Oliver. Tive de segurar a Isa para não bater nele, quando ficou sabendo do ocorrido.

Eu não vi mais aquele moreno bonitão de jaqueta preta, para desgosto de Isa que queria ver o meu herói, e com certeza me jogar para ele.

– Você é inacreditável, Isa – Digo em meio a um sorriso.

Pego minhas coisas e saio do carro.

– Vou querer saber dos detalhes amanhã – Eu revirei os olhos e fechei a porta do carro.

Saio andando em direção a minha casa, mas antes escuto a janela do carro se abaixar.

– Tenha uma boa noite, Sarah – Ela se despediu com um tom provocativo.

Eu apenas acenei com a mão para ela, ainda de costas, e ouvi sua risada alta, antes de ir embora.

– Sou seu amigo bonitão? – Victor perguntou com um sorriso surgindo nos lábios, um lindo sorriso.

– Eu não disse isso. Eu disse que você é um amigo, mas acho que exagerei – Digo ao me aproximar.

– Isso magoa – Ele disse com a mão no peito. – Você não me acha bonito?

Sinto minhas bochechas esquentarem e desvio o olhar para a porta,pegando as chaves no bolso do meu casaco.

Ahh, você me acha bonito – Victor disse, em tom convencido.

– O que está fazendo aqui? – Perguntei, mudando de assunto, ainda sem olhar para ele.

– Louis está vindo, ele me ligou.

– E por que ele não me ligou? – Questionei procurando meu celular, mas não o encontrei.

– Talvez, porque você tenha esquecido seu celular na cozinha hoje. Pude ouvir ele tocar enquanto estava aqui, te esperando. Sinceramente, é um som muito irritante.

– Por que não entrou e atendeu ele? Ou desligou meu celular, para não irritá-lo mais? – Perguntei, enraivecida por ele ofender a música padrão do meu celular.

– Porque você me proibiu, lembra? – Olhei para ele e respirei fundo.

– Verdade – Murmurei para mim mesma.

Perdoe o PassadoWhere stories live. Discover now