Capítulo 13

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– Eu já disse tudo o que tinha que dizer para a polícia no dia – Respondi rudemente, ignorando a educação que meus pais me ensinaram.

– Temos novas provas que precisamos averiguar – A detetive me respondeu rudemente, ela não parece ser tão simpática quanto o seu parceiro. Uma mulher morena, de cabelos longos e escuros.

– Podemos entrar? – Seu parceiro perguntou, desviando minha atenção dela.

Depois do que descobri hoje, tenho medo de dizer sim, e eles serem vampiros. Mas também podem ser humanos. Que droga! Como vou saber o que são?

Já sei!

Abro mais a porta e me afasto, dando espaço para eles entrarem, mas não digo nenhuma palavra.

Eles entram sem problemas, perfeito: humanos. Se fossem lobos, certeza que invadiriam minha casa sem perguntar se podiam entrar. Eu já estaria morta agora.

– A Srta. está na cidade a pouco tempo, certo? – O detetive Oliveira perguntou, logo depois que fechei a porta e me juntei a eles, no corredor.

– Certo – Respondi normalmente. – Vai fazer um mês na sexta.

– E foi indicada para fazer uma matéria sobre os noventa anos da joalheria, correto? – A detetive se mantém em silêncio. Eu os guio até a sala.

– Noventa e três, sim – Eu o corrijo.

– Conhecia o dono da loja, o Sr. Joaquim Samptom? – Ele continua, com as perguntas normais de qualquer investigação.

– Não – Permaneço calma, torcendo para que não perguntem nada sobre o colar.

– Tem certeza? – Ela perguntou com certa descrença em minha resposta.

– O que minha parceira quer dizer é... não o conhecia de outro lugar? – Ele intervém.

– Não – Reafirmo minha resposta, eles olham um para o outro, não acreditando em mim. – Por quê?

O detetive pega algo no bolso de seu paletó e me entrega.

– É a Srta. nesta foto?

Era uma foto, com uma mulher usando um vestido escuro, ela estava sentada, acompanhada de um homem, na frente de uma doceria. O homem estava de costas, e eles pareciam felizes. Eu me espantei ao ver a foto, a mulher era igualzinha a mim, completamente idêntica.

Será essa a Elizabeth? Se for, parecida é apelido.

A foto era em preto e branco, e o papel não indicava ser antigo.

– Onde achou esta foto? – Isso está ficando estranho.

– Estava nos pertences de Joaquim – Ele respondeu.

– A doceria que aparece na foto, fechou a sete anos, onde agora é a cafeteria Café Express – Santos completou.

– Eu não estava na cidade ainda, essa não sou eu – Isso explica o porquê da cara de espanto que ele fez quando me viu. Mas por que Joaquim teria uma foto da Elizabeth? E quem era aquele homem em sua companhia?

– Você tem uma gêmea?

– Eu não sei – Respondi, ainda olhando para a foto. Será?

– Como alguém pode não saber se tem uma irmã gêmea? – Essa detetive parece não gostar de mim.

– Eu sou adotada – Entrego a foto ao detetive. – Fui deixada, ainda bebê, na frente do corpo de bombeiros. Não sei nada da minha família biológica e não quero saber.

– Sinto em saber disso. De qualquer jeito, se lembrar de algo que possa nos ajudar, é só me ligar – Ele me entregou seu cartão.

Pego o cartão e os acompanho até a porta.

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